Equipa de investigadores juntou várias tecnologias num único projecto e quer criar guia computorizado a baixo preço
Pequenos avisos sonoros ou curtas mensagens vocais que avisam da presença de uma passadeira, de um buraco no passeio ou da aproximação a um edifício público. Estas são algumas utilizações do Blavigator, um sistema portátil de auxílio à deslocação na rua de cegos que está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores do Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD), do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), provenientes de várias outras unidades de investigação.
O sistema funciona como um misto de GPS e avisos sonoros de aproximação a obstáculos semelhantes aos que existem em alguns veículos. Orçado em 80 mil euros, financiados pela Fundação Ciência e Tecnologia, "o Blavigator será um dispositivo de pequena dimensão, uma espécie de PDA, que permitirá dar informação aos cegos, em áudio se a pessoa assim o pedir". Segundo João Barroso, um dos elementos da equipa, "o sistema pode também emitir vibrações que darão indicação ao utilizador sobre para onde deve virar ou se está a sair do percurso estabelecido".
O desenvolvimento e construção do interface arranca em Janeiro de 2011 e a equipa conta "ter um primeiro protótipo um ano depois, no início de 2012". "É um auxílio barato e fiável para a navegação dos cegos" e que "poderá ser facilmente montado por um técnico", salienta João Barroso. "O sistema será muito leve, robusto, fácil de colocar e transportar e nunca se tornará um obstáculo na locomoção", assegura.
O Blavigator é o resultado de vários módulos desenvolvidos no âmbito do GECAD. Segundo João Barroso, "o que está a ser feito agora é a integração num único protótipo". O projecto terá várias tecnologias, como o sistema de informação geográfica, GPS, identificação por rádio frequência (RFID) e a visão por computador, com o intuito de detectar obstáculos e transmitir essa informação ao utilizador.
As informações são provenientes de autarquias, entidades públicas e privadas, e serão carregadas para um sistema gerido centralmente. O utilizador apenas terá de as descarregar para o seu interface. Entre as informações encontram-se as localizações de passadeiras, edifícios e respectivos serviços, ajudando à detecção de obstáculos a uma distância de dois ou três metros. "Ao chegar junto à entrada de um edifício, por exemplo, o cego pode solicitar a listagem dos serviços ali instalados", salienta João Barroso.
Embora não seja um projecto inédito, a equipa ressalva que o equipamento terá uma grande vantagem: o preço. "Um dos objectivos é que chegue ao mercado com um custo inferior a 400 euros", diz o também docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Embora o objectivo seja construir um aparelho que guie os cegos nas suas deslocações diárias, João Barroso frisa que o sistema não se pode tornar ele próprio um obstáculo. Assim, a interacção com o utilizador será baseada num mínimo de perguntas e instruções simples de forma a não perturbar a navegação com a bengala, nem distrair a atenção do som ambiente. "É preciso não esquecer que os cegos têm os outros sentidos mais desenvolvidos e, por isso, o Blavigator não o pode distrair do que o rodeia", conclui João Barroso.
Pequenos avisos sonoros ou curtas mensagens vocais que avisam da presença de uma passadeira, de um buraco no passeio ou da aproximação a um edifício público. Estas são algumas utilizações do Blavigator, um sistema portátil de auxílio à deslocação na rua de cegos que está a ser desenvolvido por uma equipa de investigadores do Grupo de Investigação em Engenharia do Conhecimento e Apoio à Decisão (GECAD), do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), provenientes de várias outras unidades de investigação.
O sistema funciona como um misto de GPS e avisos sonoros de aproximação a obstáculos semelhantes aos que existem em alguns veículos. Orçado em 80 mil euros, financiados pela Fundação Ciência e Tecnologia, "o Blavigator será um dispositivo de pequena dimensão, uma espécie de PDA, que permitirá dar informação aos cegos, em áudio se a pessoa assim o pedir". Segundo João Barroso, um dos elementos da equipa, "o sistema pode também emitir vibrações que darão indicação ao utilizador sobre para onde deve virar ou se está a sair do percurso estabelecido".
O desenvolvimento e construção do interface arranca em Janeiro de 2011 e a equipa conta "ter um primeiro protótipo um ano depois, no início de 2012". "É um auxílio barato e fiável para a navegação dos cegos" e que "poderá ser facilmente montado por um técnico", salienta João Barroso. "O sistema será muito leve, robusto, fácil de colocar e transportar e nunca se tornará um obstáculo na locomoção", assegura.
O Blavigator é o resultado de vários módulos desenvolvidos no âmbito do GECAD. Segundo João Barroso, "o que está a ser feito agora é a integração num único protótipo". O projecto terá várias tecnologias, como o sistema de informação geográfica, GPS, identificação por rádio frequência (RFID) e a visão por computador, com o intuito de detectar obstáculos e transmitir essa informação ao utilizador.
As informações são provenientes de autarquias, entidades públicas e privadas, e serão carregadas para um sistema gerido centralmente. O utilizador apenas terá de as descarregar para o seu interface. Entre as informações encontram-se as localizações de passadeiras, edifícios e respectivos serviços, ajudando à detecção de obstáculos a uma distância de dois ou três metros. "Ao chegar junto à entrada de um edifício, por exemplo, o cego pode solicitar a listagem dos serviços ali instalados", salienta João Barroso.
Embora não seja um projecto inédito, a equipa ressalva que o equipamento terá uma grande vantagem: o preço. "Um dos objectivos é que chegue ao mercado com um custo inferior a 400 euros", diz o também docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Embora o objectivo seja construir um aparelho que guie os cegos nas suas deslocações diárias, João Barroso frisa que o sistema não se pode tornar ele próprio um obstáculo. Assim, a interacção com o utilizador será baseada num mínimo de perguntas e instruções simples de forma a não perturbar a navegação com a bengala, nem distrair a atenção do som ambiente. "É preciso não esquecer que os cegos têm os outros sentidos mais desenvolvidos e, por isso, o Blavigator não o pode distrair do que o rodeia", conclui João Barroso.
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