quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Treze alunos deficientes da Maia estão sem transporte

As aulas no Agrupamento de Escolas Gonçalo Mendes da Maia, na Maia, já começaram há três semanas, mas 13 alunos deficientes, que frequentam o ensino especial, ainda não conseguiram comparecer por falta de transporte. 
A família de Diogo Almeida, um menino autista de oito anos, não consegue fazer face ao problema, visto que, por dificuldades económicas e falta de carta de condução de todo o agregado familiar, ninguém o consegue levar à escola. 
"Até agora ainda ninguém deu respostas concretas e já se passou demasiado tempo", conta Albertina Queirós, avó. 
Até ao final do ano letivo passado, a Câmara da Maia assegurava a deslocação. "Fomos informados no final de agosto que o serviço por parte da autarquia, com carrinhas próprias, tinha terminado", explica Benjamim Sousa, diretor do agrupamento que, a partir daí, viu-se obrigado a colocar mãos à obra. 
"Foi feito um concurso para os táxis mas ninguém apareceu. Tentámos ajuda por parte dos bombeiros de Moreira da Maia, que já estavam ocupados, e os de Pedrouços, que já apresentaram orçamento. Estamos a analisar a proposta e à espera de outras", frisa, assegurando que a situação fica resolvida, no máximo, até amanhã. "Estamos a tentar resolver o mais rápido possível. Não podemos estar mais tempo com as crianças em casa, têm de estar na escola", lamenta. 
"O Diogo ficou mais ansioso e exaltado" 
"O Diogo precisa de rotinas e cá em casa não aprende nada. A escola faz-lhe muita falta e nós não lhe podemos dar o que ele lá tem", conta Ana Costa, mãe do Diogo, o menino autista que frequenta o Centro Escolar EB1 / Jardim de Infância da Maia, dizendo que a criança tem estado "mais ansiosa e exaltada". 
"O contacto com outras crianças faz-lhe bem e ele fica diferente por estar em casa. Não anda tão calmo", refere a avó, Albertina Queirós. 
PORMENORES 
Câmara confirma fim de serviço Fonte oficial da Câmara da Maia refere que, ao abrigo de uma nova legislação que entrou em vigor este ano, a autarquia deixou de fornecer o serviço ao agrupamento. Adiantando que a competência do caso é do Ministério da Educação.

Fonte: CM

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