Espaço de debate, informação, divulgação de atividades, partilha de documentos e troca de experiências relacionados com a inclusão, a educação inclusiva e as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão
sábado, 28 de junho de 2008
Plano de Transição para o descanso
Vários casos de agressão na escola
O ambiente de medo que se vive na escola não será recente, mas foi posto a nu por Maria Eduarda Almeida, professora há cinco anos na EB 2/3 de Paranhos. A docente, com 20 anos de carreira, diz ter sido espancada pela mãe e pela irmã de um aluno do 5º ano, de quem nem sequer é professora. O estudante de 12 anos terá insultado a professora. As contas foram acertadas pela mãe e pela irmã do aluno que, para além, dos insultos, espancaram a docente. "Quando percebi que ia apanhar, já nem passei o portão. Encostei-me à parede, no pátio de entrada da escola, e agrediram-me a soco e pontapé. Só pude proteger a cabeça porque elas são mais pequenas do que eu", disse a docente. "A coça monumental só parou quando eu caí. Elas foram-se embora como se nada tivesse acontecido", sublinhou.
A professora recebeu tratamento hospitalar e fez exames médicos no Instituto de Medicina Legal do Porto. A participação foi feita na PSP e todo o dossiê foi já enviado ao Ministério da Educação e ao procurador-geral da República, entre outras entidades.
A docente recusa a hipótese de voltar a dar aulas na EB 2/3 de Paranhos e está disposta a levar o caso até às últimas consequências.
sexta-feira, 27 de junho de 2008
DREN não quer professores que dão notas "distantes da média" a classificar exames
De acordo com um relato de um professor escrito em acta, a directora regional de Educação do Norte, Margarida Moreira, pediu aos conselhos executivos das escolas para terem atenção na escolha dos docentes que vão corrigir os exames, e disse que “talvez fosse útil excluir de correctores aqueles professores que têm repetidamente classificações muito distantes da média.” Os “alunos têm direito a ter sucesso” e o que “honra o trabalho do professor é o sucesso dos alunos” terá dito imediatamente antes e depois.
Esta acta foi citada hoje no Parlamento pelo deputado e líder do CDS-PP, Paulo Portas, durante um debate sobre o "facilitismo" das provas (de aferição e exames) deste ano, pedido pelos centristas. E reporta-se a uma reunião tida entre responsáveis pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Gave, responsável pela elaboração das provas), presidentes dos conselhos executivos do Norte e Margarida Moreira, para a preparação dos testes deste ano.
O PÚBLICO contactou o gabinete de imprensa do Ministério da Educação para obter um esclarecimento sobre os motivos desta orientação e a resposta foi dada pelo director do Gave. Carlos Pinto Ferreira, que participou na referida reunião, esclareceu que a mensagem que se pretende passar é que os professores designados para verem os exames devem cumprir rigorosamente os critérios de classificação emanados pelo Gave. “E não apliquem nem mais nem menos. Tem de se assegurar que os classificadores seguem aquelas normas. A uniformidade na aplicação dos critérios é a única coisa que garante a equidade entre os alunos”, reforçou o director do Gave.
Comentário:
Esta matéria não integra os princípios que norteiam este blogue, mas, atendendo às afirmações e à entidade que as proferiu, penso que é pertinente a sua divulgação. Serão os professores uma "cambada de estúpidos"?! O Ministério da Educação parece querer considerar-nos como tal! Pensem no ridículo que são os passos que têm de ser lidos (em voz alta; prestem atenção; perceberam?;...) durante as provas de aferição! Enfim...
quinta-feira, 26 de junho de 2008
ME impõe redução drástica no número de alunos com NEE
A resposta, teve-a Valter Lemos, no próprio Encontro, numa vibrante e prologada gargalhada dos participantes e que, provavelmente, só ele não consegue assumir como inequívoca condenação da política educativa do seu Ministério.
No levantamento de dados que, na Região Centro, o SPRC vem efectuando confirma-se o pior dos cenários: os cortes serão, efectivamente, drásticos e, mantendo-se a actual política educativa, em 2013 a escola portuguesa será menos inclusiva.
UTILIZAÇÃO DA C.I.F. PARA A ELEGIBILIDADE DE N.E.E. SERÁ FACTOR DE DISCRIMINAÇÃO, PONDO EM CAUSA A ESCOLA INCLUSIVA
Presidente da Sociedade Portuguesa Neuropediatria e do Colégio de Neuropediatria – ex-Director do Centro de Desenvolvimento da Criança do Hospital Pediátrico de Coimbra
"A classificação CIF é abusiva porque é para adultos e com intuitos de saúde e funcionalidade, mas não de Educação"
"É uma classificação que os técnicos não conhecem e que os médicos não utilizam"
"É tão complexa que não vejo como é que alguma vez possa ser utilizada em Educação"
"Só se vai usar para reduzir o número de apoios, para poupar"
"Há crianças que tiveram apoio durante 6 - 7 anos e que agora vão perdê-lo"
"Quando se esperava uma melhoria, acompanhando o que há de melhor no mundo, faz-se uma alteração sem ouvir ninguém, sem consultar ninguém, passando a utilizar-se outra classificação que, ainda por cima, não serve"
"As crianças vão deixar de ser apoiadas nas suas avenidas de aprendizagem, para serem apoiadas nas suas incapacidades. É uma mudança sem senso!"
"Esta classificação não tem qualquer relevância para fins educativos, pois não foi construída para esse fim"
"Para que esta intenção do Governo pudesse vir a ser de alguma forma utilizada, para a prática da Educação, só poderia acontecer depois de um longo e aprofundado processo de discussão."
"A aplicação da CIF, neste contexto, é de duvidosa dimensão ética"
"As escolas de referência vão ser guetos educativos, com turmas de cegos, com turmas de surdos… etc"
"Com a aplicação desta classificação pretende-se regressar atrás, a um conceito médico de deficiência e não aprofundar aquele era um avanço civilizacional — o conceito social de deficiência"
"Tudo vai contra a Declaração de Salamanca e a Convenção das Nações Unidas para a Igualdade e a Pessoa com Deficiência"
terça-feira, 24 de junho de 2008
Planos Individuais de Transição e a verdadeira transição
Prova pública para preenchimento de vagas de Professor Titular
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Requisição online de manuais escolares em formatos acessíveis
As escolas devem entrar com o utilizador (código GEPE o mesmo utilizado para apreciação e adopção de manuais escolares) e respectiva palavra-chave.
Contactos para informações:
Tel: 21 393 46 02 / 21 393 46 08
Avaliação de desempenho - aprovação dos modelos de fichas
domingo, 22 de junho de 2008
Unidades de Transição / Plano Individual de Transição
Passam a ser medidas de educação especial: o apoio pedagógico personalizado, adequações no processo de matricula, adequações no processo de avaliação, currículo especifico individual e tecnologias de apoio.
Aparecem dois novos documentos relacionados com a intervenção: o programa educativo individual (que concentra os apoios especializados e as formas de avaliação) e o plano individual de transição (dirigido aos alunos com dificuldades na aquisição das competências previstas no currículo regular).
Criam-se adequações curriculares específicas, como a leitura e escrita em Braille, a orientação e a mobilidade, o treino da visão e a actividade motora adaptada, assim como o ensino bilingue. Os agrupamentos poderão desenvolver escolas de referência – unidades de ensino estruturado, nomeadamente unidades de intervenção especializada em multideficiência, autismo, baixa visão e surdez. Para além disto, podem também desenvolver parcerias com centros de recursos especializados ou instituições particulares de solidariedade social, no sentido de proporcionar aos alunos todo um conjunto de terapias, equipamentos e valências que poderão não existir na escola.
Esta nova conjuntura educativa poderá ser o fim das chamadas unidades de transição para a vida activa, que até aqui têm albergado e apoiado alunos com necessidades educativas especiais na aquisição de competências essenciais de formação pessoal e de transição para a vida adulta. A verdade é que estes alunos com necessidades educativas especiais não se enquadram no actual contexto das novas escolas de referência.
Assim, sempre que os alunos apresentem necessidades educativas especiais que os impeçam de adquirir as aprendizagens e as competências definidas no currículo comum, deve a escola, através da sua equipa multidisciplinar (três anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória) complementar o programa educativo individual (PEI) com um plano individual de transição (PIT).
Este deverá ser elaborado pela equipa multidisciplinar, após uma conversa com o encarregado de educação e com o aluno. Este documento deve ser prescritivo e avaliado periodicamente.
O processo de elaboração e implementação do PIT deve passar por duas fases distintas: informação, observação e orientação; desenvolvimento de competências e aquisição de qualificações.
As áreas vocacionais devem ser inseridas no currículo do aluno com necessidade educativas especiais como sendo a primeira fase de uma futura integração profissional. Como tal, propiciará o experimentar e o descobrir de diferentes áreas profissionais de forma teórica e prática, permitindo a aprendizagem de novas competências, assim como, conhecer as capacidades dos alunos nas diferentes áreas sondando motivações, procurando “vocações”. A escolha das áreas vocacionais a introduzir no currículo do aluno deve ter em conta os recursos humanos, recursos materiais e espaciais disponíveis; ser diversificadas e ir ao encontro das motivações dos alunos e das necessidades da sociedade (actividades que revelem carências de profissionais ao nível da sociedade). Para que as áreas vocacionais contribuam para a integração do aluno e consequentemente para o sucesso de todo um processo ensino-aprendizagem devem ser inseridas no currículo escolar do aluno, ser planificadas (delineando metas, linhas orientadoras, objectivos) e avaliadas, de forma a adequar os conteúdos ao aluno e reestrutura-los sempre que necessário. Nesta fase a escola poderá efectuar parcerias com empresas, instituições, organismos públicos, entre outros para auxiliar no funcionamento das áreas vocacionais, no sentido de proporcionar aos alunos melhores condições de aprendizagem, assim como viabilizar futuros protocolos de formação ou até de emprego.
Numa segunda fase, os alunos passam para uma fase de formação que será orientada e estruturada no sentido de possibilitar aos alunos uma aprendizagem de competências referentes a uma área vocacional específica. Esta terá como principal objectivo a transmissão de competências, que possibilitarão ao aluno um maior número de aquisições e simultaneamente uma melhor e mais fácil inserção no mercado de trabalho. A escolha da formação a implementar no currículo do aluno, por parte da equipa de técnicos deverá ter em conta as motivações do aluno em relação a um futuro profissional, o nível cognitivo do aluno (capacidades intelectuais e académicas), a sua autonomia (pessoal e social), as suas características sócio-afectivas, a idade do aluno, a disponibilidade de colaboração do encarregado de educação em acompanhar o processo (autorizando a formação do seu educando), o nível motor do aluno (capacidades motoras), o grau de deficiência, assim como os recursos humanos disponíveis (nomeadamente um técnico responsável pela formação que acompanhe de perto o processo), os recursos materiais e espaciais existentes (a fim de possibilitar uma formação de maior qualidade), as saídas profissionais que a formação oferece (a fim de facilitar uma futura entrada no mercado de trabalho) e a disponibilidade/existência de um local de estágio (quer seja interno ou externo).
Observatório
Nesta fase as escolas deverão atempadamente criar protocolos com empresas e entidades no sentido de auxiliar os alunos na inserção no mercado de trabalho. Inclusivamente, e a um nível local, a escola poderá observar e inventariar as áreas de maior carência profissional e desenvolvê-las ao nível das áreas vocacionais e das ofertas formativas.
Tudo isto implica e obriga a uma mudança de atitudes e de mentalidades em todos os intervenientes do processo ensino-aprendizagem, nomeadamente no que diz respeito ao conceito de escola inclusiva.
Caberá às Direcções Regionais de Educação (DRE), devidamente articuladas com os órgãos de gestão das escolas auxiliar na consecução deste processo. Estabelecendo protocolos com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS), centros de emprego, empresas, etc. no sentido de facilitar e de ampliar o leque de locais/postos de formação, cedência de técnicos, inserção no mercado de trabalho, incentivos económicos, entre outros.
No que diz respeito aos incentivos económicos será importante (através de protocolos com DRE, escolas e outras entidades publicas ou privadas), criar projectos que possibilitem a criação de bolsas/subsídios, tanto para os alunos que beneficiem da formação, assim como, facilidades ao nível da isenção fiscal para as entidades que colaborem com a formação.
As famílias e a comunidade poderão colaborar de uma forma participada e mais activa, na aceitação da deficiência e de todos os cidadãos portadores de deficiência, permitindo e contribuindo para a sua integração plena.
Assim a comunidade poderá começar a aceitar a diferença a partir do momento em que os deficientes estiverem integrados na nossa sociedade a realizar tarefas banais do nosso dia a dia e de grande utilidade/importância: no desempenho da sua profissão, no desporto e no lazer, nas relações humanas, etc.
sábado, 21 de junho de 2008
Férias na Educação sem tréguas à vista
Reformas polémicas. Contestação sem precedentes. O ano lectivo 2007/2008 termina marcado pelo conflito entre professores e Ministério da Educação.
A "Marcha da Indignação" marcou o calendário lectivo. No dia 8 de Março de 2008 cerca de 100 mil professores e educadores de todo o país rumaram a Lisboa numa manifestação contra a actuação do Ministério da Educação, personificada em Maria de Lurdes Rodrigues. Numa classe profissional constituída por 143 mil docentes, as organizações sindicais congratularam-se pela presença em peso de quase 70% dos seus representantes. Uma demonstração de força sindical perante a intransigência ministerial.
Porque se indignam os professores? Foram vários os pontos que neste ano lectivo originaram um agravar do mal-estar que se tem vindo a sentir na classe: o modelo de avaliação do desempenho docente, o regime de autonomia e gestão escolar, as reformas no ensino Especial e no Artístico e a indisciplina e violência nas escolas, trazida à discussão pública pelo mediatizado caso "Carolina Michaelis".
Apesar de a contestação dos professores ter marcado este ano lectivo, Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), faz um balanço positivo da actuação da classe nesta matéria. "A luta não pôs em causa as aulas, nem prejudicou os interesses dos alunos e isso foi um sinal de maturidade democrática da sociedade portuguesa", refere.
Avaliação: o consenso possível
No balanço sobre a forma como decorreu o ano lectivo, Álvaro Almeida dos Santos, presidente do Conselho das Escolas, um órgão consultivo do Ministério da Educação, faz uma síntese em torno da questão da avaliação do desempenho docente. A mais polémica de todas.
"Houve uma solução consensual, mas a discussão esgotou-se na espuma dos problemas e foi pouco objectivada", lamenta Álvaro Almeida dos Santos, deixando claro que "o grande desafio" no próximo ano lectivo será o de saber "como transformar a avaliação num instrumento de melhoria da qualidade do ensino nas escolas e de como a integrar numa organização escolar colectiva enquanto estratégia para melhorar o desempenho de todos".
A ideia já foi várias vezes repetida. Mas vale a pena insistir. "Os professores não estão contra a avaliação, estão contra este modelo que o Ministério da Educação impôs", sublinha Manuela Mendonça, dirigente sindical da Federação Nacional dos Professores (FENPROF).
A posição crítica daquela plataforma sindical resume-se assim: "o modelo é orientado para o controlo administrativo da profissão e para criar restrições à progressão na carreira". Igualmente grave é a realização da avaliação estar prevista "em momentos do ano escolar (início e fim do ano lectivo) em que vai obrigar os professores a enredarem-se em múltiplas exigências burocráticas no âmbito do processo, deixando de poder concentrar-se no essencial, que é o trabalho com e para os alunos", acusa Manuela Mendonça. Por tudo isto, a Fenprof vai construir um "modelo alternativo" ao proposto pelo Ministério da Educação, que espera vir a ser discutido no decorrer do próximo ano lectivo.
Regime de Autonomia e Gestão Escolar
Apresentado como uma forma de garantir a participação da comunidade na definição das políticas da escola, o novo regime de Autonomia e Gestão Escolar mereceu de imediato a contestação dos professores. Quer ao facto de o diploma prever a figura do "director da escola" em detrimento dos actuais conselhos executivos. Mas sobretudo porque, numa primeira versão, depois alterada, o diploma não permitia aos professores presidirem ao Conselho Geral, um órgão de direcção das escolas responsável pela eleição ou destituição do "director da escola" e onde vão estar representados: professores, pessoal não docente, alunos, encarregados de educação, autarquias e comunidades locais.
Álvaro Almeida dos Santos viu esta alteração como "um aspecto muito positivo", revelador da "confiança" na capacidade dos professores para a direcção e gestão das escolas. Isto numa altura em que já se admitia a possibilidade de uma gestão de tipo empresarial dos estabelecimentos de ensino. "Os professores vão continuar a poder presidir à escola", insiste o presidente do Conselho das Escolas. Ele que é também presidente do conselho executivo de uma escola. Por isso fala com conhecimento de causa: "Há colegas que fizeram mestrados e formação em organização administrativa de escolas e que têm de ser aproveitados [neste novo regime de gestão escolar]."
... e na educação especial
A mesma indignação contra o Ministério da Educação reúne pais e professores de alunos com necessidades educativas especiais, bem como representantes de algumas associações de pessoas com deficiências. O alvo do protesto: a reforma do ensino especial que entrava em vigor em Janeiro de 2008.
De acordo com o Ministério da Educação, a reforma pretende fomentar a integração das crianças com certas deficiências no ensino regular, sendo que aí deveriam receber o apoio educativo especial. Logo após a entrada em vigor do diploma, a tutela foi acusada de estar a rejeitar o encaminhamento de alunos com vários tipos de incapacidades para escolas do ensino especial, acabando com o financiamento integral à sua permanência em colégios especializados.
O decreto-lei contempla uma redefinição do perfil do aluno a ser objecto de encaminhamento para o apoio especializado que vários investigadores na área da Educação Especial consideram "ambígua". Face ao escrito no documento ,seriam encaminhados para o ensino especial apenas os "alunos com limitações significativas ao nível da actividade e da participação num ou vários domínios da vida decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente".
Perante as acusações vindas a público de que mais uma vez o Ministério da Educação estaria a colocar a vertente economicista acima dos interesses dos alunos, Maria de Lurdes Rodrigues menciona apenas que a implementação do novo "modelo de integração" está a ser acompanhada por "peritos".
(Não transcrito na íntegra) Andreia Lobo 2008-06-20 in www.educare.pt
Comentário
Depois deste balanço, alguma coisa vai mal na educação do reino lusitano. Algumas pseudo-instituições "representativas" parecem começar a perfilar-se. Começo a questionar-me: será que em 2009 há eleições legislativas?!!!
Ser "aspie" no mundo dos outros
Existem cerca de 30 mil pessoas, em Portugal, com síndrome de Asperger. No entanto, muitos pais, médicos e educadores não sabem ainda do que se trata. Para fazer face à falta de informação, foi criada a APSA.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Associação Poruguesa de Síndrome de Asperger
Síndrome de Asperger
terça-feira, 17 de junho de 2008
Formação... ou mais do mesmo?!!
Penso que, perante o cenário de mudança, dever-se-ia ter privilegiado a aplicação dos procedimentos a adoptar nas escolas e, também, a partilha de experiências, a procura de soluções e a homogeneização de práticas. Neste sentido, ficou aquém das expectativas iniciais.
Resta o consolo de que "tudo vale a pena quando a alma não é pequena"!
domingo, 15 de junho de 2008
Défice de atenção responsável pelo insucesso escolar
O défice de atenção é hoje a principal causa de insucesso escolar, sendo uma perturbação que atinge cerca de 10 % da população escolar. Entre os principais motivos estão anomalias cerebrais congénitas, síndrome feto-alcoólico, tabagismo materno e toxicodependência materna. Esta é uma das principais conclusões do seminário intitulado "Défice de Atenção na Clínica de Desenvolvimento", numa iniciativa realizada, em Braga, no auditório do Hospital de S. Marcos, pelo Centro de Desenvolvimento Infantil de Braga - em parceria com o Serviço de Pediatria daquele hospital bracarense.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Parecer do Conselho Nacional de Educação sobre avaliação externa das escolas
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Brochuras:
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Encontro Temático – Educação Especial
Avô cria navegador de internet para neto autista
Ícones na tela são maiores que os tradicionais, facilitando navegação.
John LeSieur trabalha com software e achou curioso o facto dos computadores parecerem inúteis para seu neto de seis anos, Zackary. A criança tem autismo e tudo o que era apresentado pelo PC confundia-o a ponto de ele atirar o rato, como sinal de frustração.
LeSieur tentou encontrar ferramentas na internet que pudessem guiar o seu neto pela web, mas não encontrou nada satisfatório. Foi então que decidiu criar um navegador, chamado Zac Browser For Autistic Children, em homenagem a Zackary. A ferramenta está disponível gratuitamente aqui.
O navegador simplifica a experiência de usar um computador. Ele bloqueia conteúdos violentos, pornográficos ou inadequados para crianças, e dá ênfase a jogos educativos, vídeos, música e imagens de entretenimento (como um aquário), disponíveis em páginas de conteúdo gratuito. A ideia é reduzir o controle de crianças como Zackary, que se confundem quando encontram muitas escolhas.
O browser também desactiva itens "desnecessários" do teclado, como "Print Screen", e inutiliza o botão direito do mouse. Isso elimina comandos que as crianças geralmente não precisam e também reduz as hipóteses de criar insegurança entre os autistas.
Os utilizadores do Zac Browser selecionam actividades usando ícones maiores que os tradicionais. O programa também é configurado para que não exiba anúncios ou outras imagens que possam distrair.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Acne tem consequências tão sérias como asma, epilepsia ou diabetes
Esta é a principal causa que leva a maior parte dos jovens às consultas de dermatologia. Mas apenas 10 a 15% dos casos são considerados graves, segundo o Dr. António Massa, Dermatologista e Membro do Portuguese Acne Advisory Board.
A acne é uma doença crónica da pele causada por influências hormonais e genéticas que, por ser tão frequente, é considerada pelos especialistas dermatológicos quase universal durante a adolescência.
Costuma surgir entre os 14 e os 17 anos nas raparigas e entre os 16 e 19 entre os rapazes, diminuindo até desaparecer por volta dos 25 anos. Mas por vezes também pode persistir na fase adulta.
Contratação de deficientes terá novos apoios
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Conselho Nacional de Educação recomenda avaliação desligada de notas máximas
"Desaconselha-se, pelo menos nesta fase, qualquer ligação entre os resultados da avaliação das escolas e punições dos seus agentes individuais, designadamente a quota de professores titulares e de atribuição de escalões mais elevados na atribuição de professores", refere o Conselho Nacional de Educação (CNE), o órgão consultivo do Ministério da Educação presidido pelo ex-ministro da Educação Júlio Pedrosa, em parecer de 27 de Maio, divulgado na passada sexta-feira.
sábado, 7 de junho de 2008
Educação Especial: Todas as crianças que necessitem terão apoio, garante Valter Lemos
"Não há metas. Todas as crianças que estiverem sinalizadas nos apoios educativos terão apoio. O que interessa é o apoio que cada criança precisa relativamente à sua dificuldade e não o número total de crianças apoiadas. Serão todas as que precisarem de apoio", disse Valter Lemos.
O secretário de Estado da Educação falava aos jornalistas à margem de um encontro internacional sobre educação especial que juntou hoje em Lisboa 1.700 especialistas, professores e técnicos portugueses e estrangeiros desta área.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) estimou sexta-feira que cerca de 60 por cento dos alunos com necessidades especiais deixarão de ter apoio já no próximo ano lectivo, na sequência das alterações legislativas introduzidas pelo Governo.
No âmbito da reforma da Educação Especial, publicada em Janeiro, as crianças e jovens com direito a apoio passam a ser sinalizadas através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), um instrumento da Organização Mundial de Saúde que tem levantado polémica.
Escusando-se a avançar quantos serão os alunos que contarão com apoios após a aplicação dos critérios de sinalização da CIF, Valter Lemos sublinhou que a CIF vem dar "maior consistência" à definição dos apoios para as crianças, lembrando que não existia em Portugal qualquer instrumento do género.
O que, segundo o secretário de Estado, levava a situações como ter um professor de língua gestual numa turma de alunos só porque eram de etnia cigana.
Dados do Ministério da Educação dão conta da existência de 49.877 alunos sinalizados nas escolas de ensino regular como tendo necessidades especiais, prevendo-se que após a aplicação da CIF o número de alunos sinalizados se situe nos 23 mil.
Durante a sua intervenção na sessão de abertura do encontro, o secretário de Estado lembrou a reforma que está a ser feita na educação especial, com medidas como a criação de quadros de educação especial nos agrupamentos e de estruturas de referência.
Manifestou ainda a convicção de que em 2013 haverá em Portugal "uma verdadeira escola inclusiva", uma afirmação que provocou uma gargalhada na plateia, constituída maioritariamente por docentes de educação especial.
Aos jornalistas, Valter Lemos disse compreender a reacção dos professores, afirmando que ela é justificada pela história de falta de consistência nas reformas da educação em Portugal.
"É a incredulidade normal de um país que se habituou a não ser consistente nas opções que faz. Percebo perfeitamente a reacção dos professores, percebo que haja alguma incredulidade quando se está habituado a tanta inconsistência", disse.
Acrescentou que revela "desconfiança em relação à história das reformas da educação em Portugal" e não às políticas deste Governo.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Educação Especial: Fenprof apresenta queixa junto da UNESCO
No âmbito da reforma da Educação Especial, publicada em Janeiro, as crianças e jovens com direito a apoio passam a ser sinalizadas através da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), um instrumento da Organização Mundial de Saúde que tem levantado polémica.
Citando pareceres de entidades como a Sociedade Portuguesa de Neuropediatria, que considera inadequada a utilização deste instrumento no sector da Educação, a Fenprof acusa o Governo de ter apenas como objectivo diminuir o número de alunos com apoio e, dessa forma, «reduzir drasticamente o número de professores no sistema».
Com base num levantamento efectuado nas regiões Centro e Sul do país, a Fenprof aponta, a título de exemplo, casos como os dos agrupamentos de escolas de Júdice Fialho (Portimão), Salir (Loulé) e Vidigueira, onde a redução do número de alunos com direito a apoio educativo atinge os 77, 74 e 68 por cento, respectivamente.
Assim, a Fenprof garante que irá denunciar o Estado português junto da UNESCO por incumprimento de compromissos internacionais como a Declaração de Salamanca, subscrita em 1994, prometendo ainda expor o problema ao Presidente da República, Provedor de Justiça e grupos parlamentares da Assembleia da República.
Já o Ministério da Educação (ME) garantiu quinta-feira que em 2008 o orçamento do programa de investimentos do Estado para a Educação Especial vai beneficiar de um aumento de cerca de 800 por cento, passando de 800 mil euros no ano passado para 7,18 milhões de euros.
CONCURSO PARA DOCENTES DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: MADEIRA
Escolas vão integrar mais 500 alunos autistas e multideficientes
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Neuropediatras criticam a utilização da CIF para fins educativos
quarta-feira, 4 de junho de 2008
O Ensino da Escrita: dimensões gráfica e ortográfica
O Conhecimento da Língua: desenvolver a consciência fonológica
O Ensino da Leitura: a avaliação
Plano de Acção de Educação e de Formação para a Cidadania
SELEÇÃO, ADEQUAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE RECURSOS ALTERNATIVOS E/OU SUPLEMENTARES DE COMUNICAÇÃO
terça-feira, 3 de junho de 2008
Acabar com o Insuceso Escolar: Dez Medidas para a Equidade em Educação
O título do estudo é por demais interessante, para além de suscitar de imediato a nossa adesão, na esperança de estarmos perante a revelação da resposta à eterna pergunta de como se faz? Os dez países participantes – Bélgica (região flamenga), Eslovénia, Espanha, Federação Russa, Finlândia, França, Hungria, Noruega, Suécia e Suíça – começaram por preparar relatórios nacionais de análise sobre as questões da equidade, tendo cinco deles (Espanha, Finlândia, Hungria, Noruega e Suécia) recebido a visita de peritos externos que realizaram estudos de caso, após o que foi preparado o relatório final pela equipa responsável pela realização do estudo.
Este relatório não utiliza apenas a base empírica fornecida pelos países participantes, mas conjuga os resultados obtidos noutros estudos, como o PISA, os estudossobre educação de infância ou os da transição da escola para a vida activa, para propor a aplicação de um conjunto de medidas cuja validade parece demonstrada na concretização de sistemas educativos mais equitativos.
Para que os sistemas educativos sejam mais justos e inclusivos, o estudo defende que as políticas públicas devemactuar nos três domínios estruturantes da educação, ou seja, ao nível da concepção do sistema, das práticas escolares e dos recursos. É nesses três domínios que são propostas a aplicação de dez medidas de acção pública para melhorar a equidade em educação.
As quatro medidas propostas ao nível da concepção dos sistemas educativos chamam a atenção para o facto de tradicionalmente a arquitectura dos sistemas educativos prever a divisão dos alunos por vias diferenciadas de ensino, às quais correspondem diferentes estabelecimentos de ensino e a distribuição dos alunos por turmas em função dos seus resultados escolares, o que frequentemente aumenta as desigualdades.
O conjunto de medidas ao nível das práticas visa uma abordagem do processo educativo mais justa, capaz de recuperar as desigualdades de partida e garantir a todos uma educação inclusiva. Quanto aos recursos e dada a fase de restrição orçamental que muitos países atravessam, será importante estabelecer uma ligação directa entre os investimentos feitos nas diferentes áreas educativas com os resultados de maior equidade alcançados, seja ao nível das regiões ou das próprias escolas. Daí a importância de serem fixados objectivos concretos e quantificados para os resultados a alcançar.
Ainda a Avaliação do Desempenho Docente
Pontos prévios:
A - 28,571%; B - 28,571%; C - 14,286%; D - 14,286%; E - 14, 286%