sábado, 10 de fevereiro de 2024

Zombies, cérebros e realidade aumentada. Os programas para crianças sobredotadas para quem a escola não chega

Dylan quer “sempre mais, mais de tudo, nunca nada chega”. É assim desde que entrou na escola, asseguram os pais, Rosalina Castanho e Mauro Inês. Era frequentemente o mais rápido nos treinos de futebol, acertava todos os desafios nas aulas e a energia nunca se esgotava — mesmo após um dia de brincadeiras com os amigos ou de crossfit com os pais. “Às vezes dá-nos uma abada, ainda lhe sobra energia e diz que nunca brincamos com ele”, contam ao PÚBLICO, sorridentes, com as conversas entusiasmadas de 24 crianças a eclodir na sala ao lado como barulho de fundo.

Estas são crianças como todas as outras. Aqui estão concentrados alguns dos miúdos mais brilhantes do concelho de Leiria: estão entre os 3% a 5% de crianças consideradas sobredotadas por apresentarem altas capacidades cognitivas, aliadas a uma criatividade fora do vulgar e a um grande envolvimento nas tarefas que lhes são dadas, como explica a psicóloga Ana Fernandes, também presidente da Associação Portuguesa de Crianças Sobredotadas (APCS).

Isto é, em cada 30 miúdos, um é sobredotado. Ou, por outras palavras, num agrupamento de escolas com mil crianças, há 30 que apresentam altas capacidades. E é importante que sejam sinalizadas e intervencionadas, que haja diferenciação pedagógica, defende Ana Fernandes. (...)

Continuação da reportagem em Público.

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