O número de alunos estrangeiros disparou nos últimos anos, mas a esmagadora maioria, alerta o relatório do Conselho Nacional de Educação, não frequenta a disciplina de Português Língua Não Materna (PLNM), essencial para a sua inclusão no sistema de ensino.
No ano letivo 2021-2022 estavam inscritos quase 80 mil alunos estrangeiros no Básico (9,3% do total de alunos), de 235 nacionalidades diferentes e mais de 26 mil no Secundário (7,9%), de 246 nacionalidades. Um acréscimo em relação ao ano anterior de quase 14 mil alunos no Básico e de mais 3562 alunos no Secundário. No entanto, a PLNM estavam apenas inscritos 6483 alunos de 113 nacionalidades, incluindo a portuguesa (emigrantes ou filhos de emigrantes que regressaram ao país). Dos mais de 46 mil alunos brasileiros estavam em PLNM apenas 31.
Professores migrantes
O CNE considera que “todos os alunos, cujo nível de proficiência do português dificulte as aprendizagens”, devem frequentar PLNM, pelo que o reforço de professores na disciplina é crucial. Uma das recomendações do “Estado da Educação 2022” é a contratação de professores migrantes em escolas cuja percentagem de alunos de determinada nacionalidade o legitime.
Outra sugestão é a hipótese de ensino das línguas maternas dos alunos quando existe um grande número de falantes da mesma. A iniciativa podia ser lançada como projeto -piloto. As escolas também devem traduzir os seus documentos de referência para as línguas maternas dos seus alunos migrantes.
Fone: JN por indicação de Livresco
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