O Ministério da Educação refuta o agravamento do abandono escolar precoce em Portugal para 8% em 2023, calculado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), alegando que “2021 e 2022 foram anos atípicos tanto no abandono escolar como nas taxas de sucesso” devido à pandemia, e assim os dados desses anos não devem ser usados para comparar com os mais recentes, avança esta quarta-feira o Público (acesso condicionado).
No entanto, em resposta ao Público, o órgão de estatística contradisse o Ministério, referindo que “a série de dados disponibilizada sobre o indicador em apreço é comparável no período de 2011 a 2023”, incluindo “a recente revisão efetuada pelo INE, na sequência dos resultados da análise do impacto da suspensão do modo de recolha durante o período pandémico Covid-19”. Importa salientar que o indicador apresentava uma tendência de gradual diminuição de abandono escolar precoce em Portugal desde 2017, tendência quebrada pelos últimos dados divulgados.
À Lusa, o gabinete do ministro João Costa indicou ser mais justo comparar os dados sobre o abandono escolar de 2023 com os de 2020. Dessa maneira, “a tendência portuguesa mantém-se”, registando-se “uma redução anual da taxa de abandono escolar precoce de cerca de 1% a 1,5% por ano, superior à média europeia”. O Ministério da Educação indicou ainda que o INE devia de rever os números referentes aos anos de pandemia pois o método de recolha utilizado – por telefone – “terá levado a uma subestimação do valor”. No entanto, segundo o Público, o instituto já efetuou uma revisão das estimativas, após notar “diminuição da taxa de resposta nos trimestres em que a recolha presencial esteve suspensa”.
Fonte: ECO
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