No ano lectivo de 2021/2022, quando 9,3% dos estudantes matriculados no ensino básico em Portugal continental já eram de origem estrangeira, a percentagem destas crianças e jovens a frequentar Português Língua Não Materna (PLNM), considerada uma ferramenta essencial de inclusão, era ainda muito baixa, não ultrapassando os 2% dos alunos oriundos de outros países inscritos no 1.º ciclo. Haverá factores atenuantes, mas Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares tem poucas dúvidas sobre a principal causa para estes valores: “O grande problema é a falta de recursos humanos.”
Sem mais professores, vai ser difícil inverter este panorama, transcrito no relatório Estado da Educação 2022 (EE2022), que o Conselho Nacional de Educação agora divulgou. E vai ser também difícil inverter o outro dado ali presente que nos diz que a inclusão das crianças estrangeiras nas escolas ainda tem um caminho longo a percorrer – na última década, esbateu-se a distância entre os alunos nacionais e estrangeiros que ficam retidos num determinado ano ou que desistem da escola, mas a balança ainda continua a ser desfavorável para as crianças provenientes de outros países. (...)
Continuação da notícia em Público.
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