sábado, 1 de abril de 2023

Todas as universidades e politécnicos terão vagas para os alunos mais pobres já este ano

A introdução de um contingente prioritário, que destina 2% das vagas dos cursos superiores para alunos beneficiários do 1.º escalão do abono de família, vai arrancar em todas as universidades e politécnicos públicos já no próximo ano lectivo. A solução, que o Governo quer introduzir através de um projecto-piloto de dois anos, tinha participação voluntária, mas todas as instituições de ensino decidiram aderir desde já.

O novo contingente prioritário para alunos carenciados será adoptado no concurso nacional de acesso deste ano, cuja 1.ª fase terá as candidaturas abertas entre 24 de Julho e 7 de Agosto. “Apesar do carácter voluntário, todas as instituições de ensino superior públicas manifestaram a sua adesão ao contingente já este ano”, informa o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES).

A medida estará em fase-piloto no acesso ao ensino superior para os anos lectivos 2023/24 e 2024/25, sendo generalizado a todos os cursos e todas as instituições a partir do concurso nacional de acesso de 2025. No entanto, a “receptividade bastante maior do que o expectável”, nas palavras do presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Sousa Pereira, que esta solução mereceu, fará com que esta chegue a praticamente todos os cursos já no primeiro ano.

De fora, segundo o CRUP, ficam apenas alguns cursos da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa. A lista completa de vagas disponíveis para o próximo concurso de ingresso no ensino superior será divulgada à meia-noite de domingo – três meses mais cedo do que o habitual, em resultado da decisão do MCTES de antecipar os calendários do concurso nacional de acesso.

No sector politécnico, também aderiram todas as instituições, sem nenhuma restrição ao nível dos cursos envolvidos. “Não podíamos ficar de fora de um projecto que também faz cumprir a missão social das instituições de ensino superior”, afirma, por seu turno, a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes. “Não o fazemos por necessidade de termos mais alunos”, sublinha a mesma responsável. (...)

Os lugares para alunos carenciados destinam-se a candidatos beneficiários do escalão A da Acção Social Escolar, onde se agrupam os agregados com maiores dificuldades económicas. Grosso modo, correspondem ao 1.º escalão do abono de família. (...)

Fonte: Notícia completa em Público

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