domingo, 23 de fevereiro de 2025

Alunos do Brasil e dos países de língua portuguesa são os que chumbam mais, chineses e ucranianos surpreendem

Os alunos vindos do Brasil e dos Países de Língua Oficial Portuguesa têm taxas de retenção mais altas em comparação com outros colegas estrangeiros que nem português falam. Uma das razões apontadas para este fenómeno é a menor importância atribuída pelas famílias à educação. Além disso, a diversidade de sotaques pode também ter impacto no desempenho escolar.

No primeiro ciclo, os dados são mais animadores, com uma taxa de conclusão a aumentar nos últimos anos. Atualmente, 72% dos alunos terminam o 4.º ano sem qualquer retenção. Entre os estrangeiros, os estudantes ucranianos destacam-se positivamente, enquanto os alunos do Nepal e da Índia enfrentam maiores dificuldades.

Nos 5.º e 6.º anos, os números surpreendem: os alunos chineses em escolas portuguesas apresentam um desempenho ligeiramente superior ao dos portugueses.

Atualmente, as escolas acolhem alunos de 19 nacionalidades diferentes. Para muitos, a língua representa um obstáculo na aprendizagem, mas os dados revelam que as maiores dificuldades surgem entre os estudantes que já dominam o português, como os brasileiros, angolanos e cabo-verdianos.

No 3.º ciclo, um terço dos alunos do Brasil e de Angola já reprovou, pelo menos, uma vez. A taxa de retenção é ainda mais elevada entre os estudantes da Guiné-Bissau e de São Tomé e Príncipe.

Esta quinta-feira, a Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência divulgou também as médias internas do ensino secundário. No ensino público, a média manteve-se nos 15 valores. No ensino privado voltou a rondar os 17 valores.

Sem surpresa, o fosso entre os dois sistemas de ensino continua a ser evidente. Há quatro anos consecutivos, a nota mais atribuída nas escolas privadas tem sido 19 valores.

Fonte: SIC Notícias por indicação de Livresco

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