A hiperatividade é a perturbação mental mais diagnosticada em menores de idade. Estima-se que afete 7 por cento de todas as crianças e adolescentes em Portugal, o que corresponde a cerca de 120 mil situações identificadas. Todos os anos são diagnosticados cerca de 7200 novos casos.
Com frequência, a hiperatividade e défice de atenção são confundidos com a falta de concentração – por falta de empenho – e comportamento indisciplinado – por falta de educação dada pelos pais. A hiperatividade caracteriza-se pela impulsividade, dificuldade da pessoa em manter a atenção e o autocontrolo.
Uma pessoa hiperativa sente ainda dificuldade em gerir a frustração e as funções cerebrais que permitem atingir objetivos, como a capacidade de planeamento, memória de trabalho, organização e a gestão de tempo. Este tipo de perturbação neurológica afeta ambos os géneros, embora haja alguma diferença na manifestação dos sintomas.
"Os rapazes são mais agitados e, como tal, os sintomas de agitação motora são mais marcados e evidentes. As raparigas apresentam sobretudo sinais de desatenção, sintomas que passam mais facilmente despercebidos, porque não perturbam o outro", diz (...) Rita Silva, neurologista no Hospital D. Estefânia (Lisboa).
A hiperatividade não é a característica mais marcante ou a que causa maior desajustamento, mas sim a desatenção, que, ao manifestar-se nos diferentes contextos sociais, tem um impacto na qualidade de vida, incluindo no rendimento escolar.
Fonte: CM por indicação de Livresco
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