segunda-feira, 3 de junho de 2013

Crianças com Deficiência - Situação mundial da infância 2013

A Unicef publicou o Relatório Crianças com  Deficiência - Situação mundial da infância 2013. Desse documento, publico apenas um extrato da introdução. O documento pode ser consultado aqui.

Relatórios como este normalmente começam com uma estatística para dar destaque a um problema. As meninas e os meninos aos quais é dedicada esta edição do relatório.
Situação Mundial da Infância não são problemas. Cada um deles é uma irmã, um irmão ou um amigo que tem suas preferências – um prato, uma música ou um jogo; uma filha ou um filho que tem sonhos e o desejo de realizá-los; uma criança com deficiência que tem os mesmos direitos de qualquer menina ou menino.
Tendo oportunidades para florescer como outra criança qualquer, as crianças com deficiência têm potencial para viver plenamente e contribuir para a vitalidade social, cultural e econômica de suas comunidades – como atestam os depoimentos apresentados neste volume.
No entanto, sobreviver e prosperar podem ser tarefas especialmente difíceis para crianças com deficiência. Elas correm maior risco de ser pobres do que seus pares que não têm deficiência. Mesmo quando compartilham com outras crianças as mesmas condições de desvantagem – por exemplo, vivendo em condição de pobreza ou fazendo parte de um grupo minoritário –, crianças com deficiência enfrentam desafios adicionais, em consequência de suas limitações e das inúmeras barreiras que a sociedade coloca em seu caminho. Crianças que vivem na pobreza estão entre aquelas com menor probabilidade de usufruir, por exemplo, dos benefícios da educação e de cuidados de saúde, mas para crianças que vivem na pobreza e têm uma deficiência é ainda menor a probabilidade de frequentar a escola ou centros de saúde no local onde vivem. 
Em muitos países, as respostas à situação de crianças com deficiência são amplamente limitadas a institucionalização, abandono ou negligência. Essas respostas são o problema, e sua origem são suposições negativas ou paternalistas de incapacidade, dependência e diferença, perpetuadas pela ignorância. Se essa situação não mudar, as crianças com deficiência continuarão a ter seus direitos desrespeitados; continuarão a sofrer discriminação, violência e abusos; suas oportunidades continuarão limitadas; essas crianças continuarão a ser excluídas da sociedade.
É necessário um compromisso em relação aos direitos e ao futuro dessas crianças, dando prioridade àquelas que vivem nas condições menos favoráveis – como uma questão de equidade e para o benefício de todos.

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