quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ministério corta 30 milhões na educação especial


As escolas do ensino público terão menos 3,5 milhões
O Ministério da Educação vai gastar menos 30 milhões de euros com os alunos com necessidades especiais de aprendizagem e menos 5,7 milhões na ação social escolar em 2012. 

De acordo com os mapas que o Ministério liderado por Nuno Crato enviou para o Parlamento – onde nesta quinta-feira será discutido o orçamento na especialidade – a Educação Especial terá uma verba de 206,7 milhões no próximo ano, ou seja, menos 14,2 por cento em relação ao orçamento inicial de 2011.
Só nos apoios à educação especial as verbas vão diminuir 26 milhões para 181 milhões. Estes apoios abrangem os professores colocados no grupo de recrutamento da educação especial e destacados em cooperativas de educação e reabilitação de crianças inadaptadas, na Associação Portuguesa de Pais e Amigos das Crianças Diminuídas Mentais, instituições particulares de solidariedade social, entre outras.
Na rubrica das instituições de educação especial, a verba prevista atinge os 25,4 milhões, ou seja, menos 2,8 milhões do que o orçamentado inicialmente este ano. As 19 escolas particulares (com 831 alunos) vão receber 6,3 milhões, enquanto para as associações e cooperativas e IPSS serão transferidos 19 milhões (menos 1,1 milhões). Os mapas permitem ainda concluir que o ministério irá apoiar mais escolas particulares, mas menos alunos.
O ministério prevê aumentar, no entanto, a verba orçamentada na rubrica “apoios à educação especial – Centro de Recursos para a Educação Especial e outros apoios”. Para 2012, estão previstos 213.500 euros, mais 10.500 do que este ano. (...)

2 comentários:

nelya disse...

"Estes apoios abrangem os professores colocados no grupo de recrutamento da educação especial". Da realidade que eu conheço não sei como poderão cortar mais professores.Vai ser um drama...os alunos vão ficar sem apoio e a tempo inteiro nas turmas...

João Adelino Santos disse...

Olá.
Penso que se referem apenas aos colegas que se encontram destacados nas instituições de ensino especial porque a tendência é para desinstitucionalizar as crianças e os jovens que aí se encontram, transferindo-os para as escolas regulares. Naturalmente, com mais alunos, estas escolas vão necessitar demais docentes de educação especial...