A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) está a promover metodologias activas de ensino, aprendizagem e avaliação, aproximando alunos e professores, com o objectivo de aumentar a motivação e humanizar o conhecimento.
A iniciativa tem a colaboração do Centro IDEA-UMinho, com os professores Rui Oliveira, Cacilda Moura e Teresa Malheiro. A sessão inicial discutiu o uso da inteligência artificial, casos de sucesso de algumas disciplinas e as opiniões e perceções dos estudantes.
“Pretendemos que os professores pensem no que fazem nas aulas e reflitam sobre a maneira como ensinam. Queremos ajudar nas metodologias de ensino e tecnologias de apoio, de modo a tentar ultrapassar problemas identificados e a aumentar a aprendizagem”, diz Rui Oliveira, que é também professor do Departamento de Biologia da ECUM e tem abordado o tema na aliança europeia Arqus.
Para envolver mais os alunos nas aulas e a sua utilização dos materiais de estudo, recorre-se por exemplo à plataforma online Perusall, à aprendizagem baseada em equipas (team-based learning), à tecnologia de resposta em tempo real com telemóveis (audience response systems), aos questionários Google Forms e a quizzes interativos, entre outros.
Os docentes podem adoptar estratégias de acordo com as suas matérias e turmas, substituindo a tradicional aula expositiva e pouco participada. Os alunos são incentivados a estudar as matérias antes das aulas, lendo os livros na Perusall em modo colaborativo, ou seja, com perguntas, respostas e comentários entre os estudantes.
As matérias podem então ser exploradas na aula com a aplicação de um teste individual, que é repetido em grupo e posteriormente discutido e resolvido pela turma e pelo docente, seguindo-se uma exposição clarificadora deste sobre a restante matéria.
“Isto é a aprendizagem activa, com metodologias para os estudantes pensarem e praticarem o que estão a aprender durante e não após as aulas. Isto implica interatividade entre professores e alunos e entre os próprios alunos”, avança Rui Oliveira.
á com os audience response systems e o Google Forms, o docente expõe uma matéria e lança uma pergunta para os telemóveis dos estudantes. As respostas destes são colhidas no computador do professor, que as projeta para todos e discute-se os resultados.
“É algo que dinamiza muito as aulas, ajuda a quebrar barreiras psicológicas de exposição pública dos alunos com insegurança e os estudantes pensam mais na matéria”, resume. O telemóvel passa de meio de distração a “aliado”.
“Os jovens recebem muita informação diária nos smartphones e computadores e são pouco recetivos a permanecer parados, a ouvir uma pessoa muito tempo. Usarmos estas tecnologias deixa-os mais à vontade e aproveitamos a sua contínua apetência por informação”, realça Rui Oliveira.
Fonte: O Amarense por indicação de Livresco
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