domingo, 18 de outubro de 2009

Bullying: um comentário


A propósito do texto subordinado ao Bullying nas escolas, uma mãe, Cristina Franco, teceu um comentário bastante realista deste problema, digno de ser partilhado e,talvez, de ser discutido. Materializa-se, assim, um dos objectivos da criação e da existência deste espaço, a partilha de opiniões, o debate de ideias.

Como mãe de uma criança com NEE, este tema horroriza-me, porquanto muitas das vítimas deste fenómeno, são crianças com especiais particularidades, mas não só.

Efectivamente este tipo de agressão tem tido um crescimento. Por vezes a escola quer confundi-lo com as "bulhas" de outros tempos entre rapazes que num processo de aprendizagem de vida, deveríam saber responder, defendendo-se, mas o Bullying normalmente é um fenómeno muito específico que não deixa margem de defesa às vítimas e nada tem que ver com os simples conflitos pontuais entre "parceiros". E a escola sabe-o bem porque sabe bem queixar-se quando a violencia é dirigida aos professores. Efectivamente, a escola não tem sabido responder - por isso a coisa cresce e toma proporções muito negativas, que começa com a agressão aos colegas para ir crescendo até chegar aos adultos (professores e auxiliares)... a escola não tem sabido responder e minimiza, relativiza quando a violencia tem como alvo as crianças...

A escola não tem sabido responder e obriga os pais das vítimas a levar os filhos à escola, onde são submetidos repetidamente a tal tratamento, sob pena de processar estes pais quando em desespero assumem que assim a escola é um local de crime, retirando seus filhos de lá.

A escola também não crê na solução de suspender os agressores como outrora de fazia por muito muito menos.

E o bullying prossegue a sua escalada impunemente... e como sempre ninguém vê, ninguém viu, os professores estão na escola para ensinar e as auxiliares que estão para vigiar, são poucas... Provavelmente aguarda-se por casos realmente chocantes para aceitar o fenómeno, dando-lhe a importância que tem e tomar medidas... é isso, provavelmente está-se à espera.

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