“Nas diversas escolas já frequentadas pelo meu filho, em nenhuma delas a sua inclusão foi possível. Na última escola do ano passado, havia somente uma professora de ensino especial para o agrupamento todo, que apenas tinha horário de uma hora, uma vez por semana, para estar com o meu filho.” O relato é de uma mãe sobre a situação do filho de dez anos, com multideficiência, e sobre as dificuldades que o menino tem em ter o acompanhamento devido na escola. Apesar dos progressos feitos nos últimos anos na área da educação inclusiva, os jovens com deficiência em Portugal abandonam muito mais os estudos antes de completar o ensino secundário do que os colegas que não têm qualquer tipo de deficiência: em 2022, a taxa de abandono escolar precoce nos alunos com deficiência entre os 18 e os 24 anos foi três vezes superior à dos colegas sem deficiência: 21,4% para 5,9%. É também superior à taxa média dos países da União Europeia, que ronda os 19%. As dificuldades desta população não se ficam apenas pela escola: entrar no mercado de trabalho é, para muitos, uma tarefa difícil, ainda revestida de dificuldades e preconceito: no sector privado, menos de 1% dos trabalhadores são pessoas com deficiência; no público, ronda os 3%.
Continuação da notícia em Público.
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