A Câmara de Lisboa vai lançar este sábado o Guia de Turismo Acessível, que dá a conhecer os percursos turísticos recomendados para quem tem mobilidade condicionada, bem como os equipamentos e serviços que reúnem as necessárias condições de acessibilidade. O vereador dos Direitos Sociais diz que este guia demonstra que “é possível as pessoas com dificuldades motoras terem tempo de lazer e fruição em Lisboa”.
Com uma tiragem de mil exemplares, metade em português e a outra metade em inglês, o guia vai ser distribuído gratuitamente pela câmara e pela Associação Turismo de Lisboa nos seus postos de informação e equipamentos. Segundo o vereador João Afonso, ele estará também disponível online e deverá ser objeto de novas edições à medida que se justifique.
“Acreditamos que em fevereiro este guia estará bastante desatualizado”, diz o autarca com um sorriso, referindo-se à data prevista para a conclusão das obras no chamado Eixo Central. A partir dessa altura, sublinha, a cidade passará a dispor de “uma nova área de usufruto, uma nova centralidade” adaptada às necessidades de quem tem mobilidade condicionada.
Por enquanto são três os “percursos pedonais recomendados” que surgem no guia: Baixa e Cais do Sodré, Belém e Parque das Nações. Todos eles, sublinha-se na publicação, “foram registados e testados por pessoas que se deslocam em cadeira de rodas”.
Para cada um desses percursos são indicados quais os troços que podem ser realizados “de forma autónoma”, por terem “piso regular e passagens de peões sem ressalto”, e quais aqueles em que é aconselhável “a ajuda de terceiros”, dado que “o piso é irregular” e pode apresentar “passagens para peões com ressaltos”.
Para além dos três percursos, que no entender da câmara abarcam as “três principais zonas turísticas da cidade”, o guia tem uma área dedicada aos jardins e miradouros de Lisboa, que convidam quem os visita a “usufruir de um momento de descanso e contemplação”. Sobre estes espaços há no entanto várias ressalvas: eles “tendem a localizar-se na zona antiga da cidade, cujas envolventes apresentam inclinações elevadas, piso irregular e passeios estreitos”, “os transportes públicos para estes locais tendem a não ser adaptados” e “nem todos os locais apresentam instalações sanitárias adaptadas”.
Nesta publicação há também espaço para os museus e para os restaurantes e hotéis, bem como para os “tours acessíveis privados”. No documento, da responsabilidade da equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, destaca-se que só foram incluídos (salvo algumas exceções assinaladas) “equipamentos e serviços de interesse turístico que demonstraram intenção em integrar o guia, que aceitarem que um técnico aplicasse no local um questionário sobre as condições de acessibilidade, e que reúnem algumas condições básicas de acessibilidade”. (...)
Fonte: Público
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