domingo, 4 de dezembro de 2011

Leque - Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais

Criada em 2009, a Leque - Associação Transmontana de Pais e Amigos de Crianças com Necessidades Especiais, de Alfândega da Fé, Bragança, inaugurou em Novembro a nova sede na antiga Casa do Povo. A criação de um centro de noite e de uma fábrica de brinquedos adaptados são os próximos projetos.

Ateliês de cozinha, jardinagem e até estágios numa cabeleireira e esteticista da localidade são alguns dos projetos promovidos pelo Centro de Atividades Ocupacionais da Leque.
Ali, no edifício cedido pela autarquia e segurança social e recuperado pelo financiamento de 40 mil euros atribuído pela Fundação EDP, funcionam também, de segunda a sexta-feira, as várias terapias, como a psicomotricidade, literacia ou fisioterapia. Os utentes da Leque também têm a oportunidade de usufruir de asinoterapia e de balnoterapia (banhos turcos e massagens).
A associação conta com dois funcionários contratados. Dez voluntários garantem diariamente o funcionamento do centro. Quando há atividades especiais, chegam a ser entre 50 a 60 aqueles que se oferecem para ajudar.
Atualmente, são 17 os frequentadores da associação. "Leques", como a presidente Celmira Macedo lhes prefere chamar. A responsável contou que aquele nome foi escolhido para a associação porque se pretendia fazer face a um leque de dificuldades com um leque de soluções.
O primeiro projeto a arrancar foi a escola de pais, inédito em Portugal, cuja primeira experiência decorreu em Bragança. Ali se ensina aos pais a lidarem com a diferença dos filhos e falar sobre as suas preocupações.
Brinquedos inclusivos
Para o futuro, a Leque pretende avançar com a criação de uma fábrica onde se produzam jogos e materiais inclusivos. A unidade deverá ficar instalada em Alfândega da Fé e metade dos funcionários serão pessoas com necessidades especiais.
Em entrevista, Celmira Macedo exemplificou o tipo de materiais que se pretende produzir com um porco em miniatura. O brinquedo deveria ter marcado o nome do animal em Braille e emitir o seu grunhido. Assim poderia ser utilizado ao mesmo tempo por uma criança cega, uma criança surda e outra sem limitações.
Outro dos projetos é a criação de um centro de noite, para colmatar uma necessidade das famílias.

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