sábado, 13 de novembro de 2010

Educação Especial: Portugal precisa de melhor coordenação


Portugal precisa de melhorar a coordenação entre as várias entidades que prestam apoio às crianças com necessidades educativas especiais, segundo um relatório europeu hoje divulgado em Lisboa.
Numa análise a 26 países europeus conclui-se que, na generalidade, todos apresentam melhorias na intervenção precoce de apoio à infância.
Contudo, os peritos europeus recomendam que é necessário "melhorar a cooperação e coordenação" entre os diversos setores que em cada país têm responsabilidade na área da infância.
Filomena Pereira, responsável pelos serviços de Educação Especial do Ministério da Educação, lembra que há em Portugal três ministérios com intervenção nesta área: Educação, Saúde e Segurança Social.
"Sendo uma área da intervenção de três ministérios, eles têm de se coordenar. As famílias devem ter os serviços de que necessitam no momento e no local certo. É o recurso que tem de ir à criança e não a criança que tem de ir ao recurso", resume a responsável.
Por seu lado, a ministra da Educação, Isabel Alçada, que esteve presente na apresentação do estudo europeu, destacou a importância de Portugal pertencer a uma rede europeia de intervenção precoce na infância.
"Sabemos que é na primeira infância que as pessoas estão mais capazes de aprender. Quando detetamos alguma questão que necessita de apoio é determinante no futuro.
"Nós, portugueses, devemo-nos orgulhar de termos esta rede de cuidados de intervenção precoce para a primeira infância", declarou Isabel Alçada.
O estudo, da responsabilidade da Agência Europeia para o Desenvolvimento das Necessidades Especiais, destaca como principal progresso nos países europeus "o compromisso por parte dos decisores políticos", visível na legislação dirigida para a infância criada desde 2005.

Sem comentários: