Foi tornado público o Relatório de Progresso do Grupo de Trabalho para o desenvolvimento da Escola Inclusiva Despacho n.º 7617, 8 de Junho. Numa leitura na diagonal, prevêem-se algumas alterações significativas. No entanto, e tratando-se de um relatório de progresso, ficará para mais tarde uma análise mais aprofundada.
Para aceder ao referido relatório, clicar em "Grupo de Trabalho para o desenvolvimento da Escola Inclusiva Despacho n.º 7617, 8 de Junho - Relatório de Progresso".
7 comentários:
Gosto em particular de um grupo de trabalho constituído por "especialistas" ainda usar a terminologia "professor de ensino especial"....
"Anónimo", essa observação é bastante pertinente e faz todo o sentido! É lamentável que os docentes de educação especial, os diretores, os diretores de turma e os docentes em geral não façam parte do Grupo de Trabalho. Continua-se a programar e a projetar a escola de fora para dentro sem envolver nem ouvir os responsáveis diretos pelo processo educativo.
Ao ler este ponto no relatório, penso que está tudo já definido e orientado relativamente ao papel do professor de ed. especial
"Docente de educação especial – docente que tem como função apoiar os educadores e professores na implementação das estratégias de desenho universal para a aprendizagem e na definição, implementação e avaliação das adaptações curriculares, significativas ou não, que promovam o sucesso educativo e a participação em contextos inclusivos. Tem ainda como função o apoio, preferencialmente,
em pequenos grupos, sempre que adequado, de alunos que seguem o currículo com adaptações curriculares significativas".
Amanhã prometo uma análise crítica e fundamentada. Hoje, numa apreciação "fulminante", aquela "coisa" da escola inclusiva de 2ª geração cheira-me a a anúncio de operadora de telecomunicações. Mas amanhã direi… e até posso estar enganado!
Acabam os CEI? As ACI serão significativas e não significativas...As necessidades educativas passam a específicas...Os PEI passam...não sei a quê...
Ui, que medo...lá vamos nós fazer formação, formulários novos, etc, etc....
Aninhas, trata-se de um relatório de progresso. Mesmo que fosse a versão final, os decisores políticos acabam por não respeitar na íntegra ou acolher apenas parcialmente as propostas avançadas. Penso que não faz sentido reformular todo o regime mas apenas melhorá-lo no que for essencial para os alunos e para a educação inclusiva. Aguardemos...
Bem como prometi, aí vai: o documento é muito genérico. Tem um conjunto de princípios com os quais é difícil discordar, muda a designação de conceitos que, há muito, já estão em prática e deixa imensas questões por responder, como é o caso do papel (ou não!) da CIF no meio disso tudo.
Há muitos princípios teóricos dignos de qualquer trabalho científico, mas poucas ideias a que corresponda uma percepção prática do que se pretende!
No fundo, o relatório lembra-me o resultado daquela célebre conferência de ratos, que visava resolver o problema do gato que por ali andava a fazer estragos. O grupo desempenhou o papel daquele rato que teve a ideia brilhante: colocar um sino ao pescoço do gato para, dessa forma, ao deslocar-se assinalar o perigo da sua presença. Só que, tal e qual como alguém o questionou, depois da brilhante ideia: OK! E quem é que lá vai colocar a pequena sineta no pescoço do gato. Ou seja: e agora? Como colocar isso em prática de uma forma coerente, objetiva e funcional???? A ver vamos….
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