O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, contestou hoje o "dogma da escola inclusiva", considerando-o "um erro intelectual de primeira grandeza", e propôs um novo modelo para a educação que promova o esforço e a autoridade.
Na interpelação ao Governo sobre o sector da educação, o líder dos democratas-cristãos acusou a ministra da Educação de "relaxar todos os critérios de esforço e autoridade presentes na escola", de dar instruções para que não haja reprovações, de ter "horror à avaliação" e de "relaxar os critérios de assiduidade".
"O seu dogma é o dogma da escola inclusiva, é um erro intelectual de primeira grandeza", afirmou Paulo Portas, dirigindo-se a Maria de Lurdes Rodrigues, presente esta tarde no Parlamento.
Para o líder do CDS, “a escola é uma oportunidade garantida e financiada por toda a comunidade nacional”. “Há uns que a aproveitam, a maioria, e outros que não”, “há uns que se esforçam o que podem e às vezes o que não podem e uns que podendo não se esforçam”, sublinhou.
O presidente do CDS-PP defendeu ainda que a escola pública não deve ser apenas o ensino do Estado e que se deve "alargar a liberdade de escolha" para que "quem é pobre possa ter acesso à escola que entende".
“O seu caminho fracassou, nós propomo-nos iniciar outro”, afirmou, ao anunciar que o CDS-PP vai apresentar este mês um projecto de lei de autonomia, qualidade e liberdade escolar, um diploma sobre o sistema de avaliação das escolas, outro que cria uma estrutura independente para a concepção de exames nacionais e um quarto propondo a realização de exames nos 4º e 6º anos do ensino básico.
Público, 06.12.2007
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