Espaço de debate, informação, divulgação de atividades, partilha de documentos e troca de experiências relacionados com a inclusão, a educação inclusiva e as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
TMN lança serviço comunicar.tmn Aladim para pessoas com necessidades especiais
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Escolaridade obrigatória entre os 6 e os 18 anos
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Doença rara leva família a vender casa
Movidos pela procura de resposta, os pais, Paulo Rosa e Ana Terceiro, travam uma luta constante contra o tempo e as limitações da ciência. "O nosso maior medo é que ele morra", revela Paulo Rosa.
No entanto, a falta de apoios e os custos elevados de cada tratamento e deslocações ao estrangeiro levam o casal a querer vender a casa em Cotovios, Vila Franca de Xira. "Não temos possibilidade de pagar as despesas. Preciso urgentemente de vender a casa. Há três anos, quando a comprámos, não tinha uma bola de cristal a dizer que ia ter um filho diferente", confessa Ana.
Segundo Paula Brito e Costa, presidente da Federação das Doenças Raras em Portugal, a falta de apoios é transversal a todas as famílias. "A falta de apoio é geral. Mas há uns anos ninguém falava delas e elas já existiam. Hoje já temos um plano nacional para as doenças raras, mas daqui até termos um plano transversal à solidariedade social e à educação ainda vai demorar um bocadinho", garante.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Apoios da acção social escolar
1 — Os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente com programa educativo individual organizado nos termos do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 21/2008, de 12 de Maio, têm ainda, supletivamente em relação às ajudas técnicas a prestar por outras entidades de que beneficiem, direito às seguintes comparticipações da responsabilidade dos municípios ou do Ministério da Educação, no âmbito da acção social escolar e nos termos do artigo 8.º:
a) Alimentação — totalidade do custo;
b) Transportes — totalidade do custo para os alunos que residam a menos de 3 km do estabelecimento de ensino, bem como para os alunos que frequentam as escolas de referência ou as unidades de ensino estruturado e de apoio especializado a que se referem as
alíneas a) e b) dos n.os 2 e 3 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro;
c) Manuais e material escolar de acordo com as tabelas anexas para a generalidade dos alunos, no escalão mais favorável;
d) Tecnologias de apoio — comparticipação na aquisição das tecnologias de apoio a que se refere o artigo 22.º do Decreto -Lei n.º 3/2008, de 7 de Janeiro, até um montante igual ao atribuído para o material escolar do mesmo nível de ensino, no escalão mais elevado, conforme o anexo III do presente despacho.
2 — No caso de não poderem ser utilizados os transportes regulares ou os transportes escolares, a comparticipação a que se refere a alínea b) do número anterior é da responsabilidade do Ministério da Educação.
domingo, 16 de agosto de 2009
Governo aprova apoios para deficientes
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Educação Especial recebe verbas diferenciadas
Na área da Direcção-Geral de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, dois dos centros responderam à deputada independente que receberam em 2008, cinco mil euros, outro oito mil e um dez mil - são quatro exemplos.
A história começa com um requerimento enviado por Luísa Mesquita ao Ministério da Educação (ME) sobre os investimentos na Educação Especial, localização e calendarização de abertura das unidades de apoio a alunos com autismo, multideficiência e centros de recursos TIC. A resposta não tardou, o ME forneceu à deputada a lista disponível, na página da Internet, da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular. Luísa Mesquita começou então a enviar uma carta a cada um dos 25 centros e a "algumas" das 378 unidades de apoio. Entre as Unidades de Ensino Especializado são muitas as que respondem que, no ano lectivo passado, receberam um apoio de 900 euros da tutela, sobretudo para compra de material; mas também houve escolas que receberam 1300 para uma unidade que funciona a tempo parcial. A algumas as câmaras municipais reforçaram o orçamento, com verbas entre os 200 e os mil euros anuais; uma no Algarve, cuja unidade funciona desde 2006, recebe 75 euros por mês do ME.
Há até uma unidade que, apesar do nome constar da lista fornecida pelo ME, garante Luísa Mesquita, responde que "não existe naquele agrupamento qualquer unidade de Ensino estruturado vocacionada. Este agrupamento dispõe de um quadro técnico de Educação Especial, no qual estão integrados três docentes especializados". Entre as quase 20 respostas a que o JN teve acesso este é no, entanto, o agrupamento com maior número de docentes colocados e que este ano lectivo, escreve o presidente do Conselho Executivo, recebeu da Direcção Regional de Educação do Algarve 1920 euros. A quase totalidade desses centros e unidades são assegurados por dois docentes (um a tempo inteiro, outro a tempo parcial e duas auxiliares também nesses regimes). Nem todos mencionam dispor de terapeutas da fala ou psicólogos, os que o fazem frisam que esses técnicos estão a tempo parcial. Há uma excepção, um agrupamento do distrito de Castelo Branco, que tanto terapeuta como as auxiliares, técnicos de desporto e de música são pagos pela autarquia.
Os equipamentos tecnológicos disponíveis nos Centros TIC são adaptados às deficiências dos alunos; esse software tem sido fornecido pela Fundação PT ao abrigo do "Projecto Astro" assinado com o ME. São 25 no país.
Na última Comissão Parlamentar de Educação com a ministra e secretários de Estado, Luísa Mesquita, questionou sobre a disparidade de verbas. Não ouviu qualquer resposta. O JN também colocou o mesmo problema ao ME, sem sucesso até à hora de fecho da edição.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
"Escola Alerta!" 2009/2010 (7ª edição)
Documentos disponíveis para descarregar:
Crianças maltratadas perdoam agressores
A investigação conduzida por Patrícia Rodrigues, no âmbito do mestrado em Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Medicina do Porto, incidiu numa amostra de 60 crianças, sinalizadas por comissões de Protecção de Crianças e Jovens em Risco do Interior norte do país.
O objectivo era perceber o funcionamento da criança negligenciada em contexto escolar e familiar e aceder à percepção que tem sobre a sua própria situação. Para isso, foram realizadas entrevistas aos menores, aos progenitores e aos professores.
As crianças tendem a desculpabilizar os pais, procurando até protegê-los da crítica social, omitindo as agressões mais graves. "Não se percepcionam como vítimas nem consideram as famílias disfuncionais, porque essa é a única realidade que conhecem. Sentem culpa e gostariam de ser perfeitos para serem mais merecedores de afecto", descreve Patrícia Rodrigues. Mas, por vezes, há gestos, olhares e outros sinais não verbais que desmentem a fantasia do "pai herói" que as crianças querem manter e torna-se evidente a dor.
Por seu lado, os pais não se consideram agressores, justificando-se com o argumento de que as crianças são "difíceis, nervosas ou impulsivas" e que é preciso uma mão firme para que cresçam e se preparem para vida, apurou a psicóloga da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco de Ribeira da Pena.
São evidentes os padrões trangeracionais de maus-tratos. Pais que reproduzem as agressões, as humilhações, a negligência e o abandono que sofreram na infância. Segundo a investigadora, "não sentem ter a responsabilidade de cuidar e proteger os filhos" e muitos não possuem sequer a maturidade necessária ao cumprimento das responsabilidades parentais.
Os professores descrevem estas crianças como tendo dificuldades de aprendizagem e comportamentos agressivos. São frequentemente hostilizadas pelos colegas porque chegam à escola sujas, sem material e portadoras do estigma de crianças problemáticas. Das entrevistas que realizou às crianças, Patrícia Rodrigues detectou, ainda, presença de sintomatologia depressiva e ansiosa.
As idades de maior fragilidade são os 6/7 anos, quando as crianças entram na escola, e pelos 11/12 anos, no início da pré-adolescência. São fases críticas de transição para as quais os pais não parecem estar preparados para lidar.
Os dados revelam que a maioria das situações de vitimação refere-se a negligência, isto é, maus-tratos passivos expressos na falta de cuidados básicos, seja alimentação insuficiente ou incorrecta, vestuário inadequado ao clima ou não fornecimento de material e condições para estudar, exemplifica a técnica.
A grande maioria (78%) das famílias vive em zonas rurais - "o que não significa que a vitimação também não ocorra em meios urbanos", ressalva Patrícia Rodrigues - e aufere rendimentos muito baixos (menos de 300 euros/mês).
Verifica-se também a preponderância de agregados familiares pequenos (dois a quatro elementos), contrariando as conclusões de outros estudos que apontam as famílias numerosas como o contexto privilegiado de maus-tratos infantis.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
GALATEE – Uma verdadeira novidade entre os teclados Braille
Cientista açoriana destaca-se na compreensão do autismo
JornalDiario
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Sobredotado: Domina conceitos complexos
Com apenas quatro anos já lia e escrevia. Um livro que leu sobre o nascimento do Universo suscitou-lhe o interesse pela Astronomia. Hoje, com sete anos, André Roque, natural de Braga, já deu 15 palestras sobre o Universo. A grandeza das estrelas e a sua magnitude fascinam-no. Além da Ciência, a Física, a Química, a Biologia e a Matemática são também áreas que o entusiasmam.
Desde pequeno que troca os brinquedos pelos livros. No dia-a-dia gosta de estudar e aprofundar o que lê nas obras que colecciona. "Gosto de brincar, mas fico melhor a ler livros. Adoro aprender", diz. A mãe, Cíntia Roque, professora de Educação Especial, define o filho como uma "criança perfeccionista e curiosa que está sempre à procura de saber mais". "Para onde quer que vamos, leva sempre um livro atrás", conta.
André Roque deu uma palestra sobre a origem do Universo no Museu da Ciência, em Lisboa, perante cerca de meia centena de curiosos. De postura segura e olhar penetrante, descreveu as características dos planetas que compõem o Sistema Solar, que define como "o nosso cantinho no Universo". Os comentários espontâneos de André durante a palestra, característicos de uma criança de sete anos, suscitaram algumas gargalhadas entre a plateia que assistia com admiração às explicações.
André Roque frequenta o 4º ano na Escola de Lamaçães, em Braga, e já tem os seus objectivos profissionais bem definidos. No futuro, quer ser cientista e neurocirurgião para criar nanobotes (pequenos robôs) e levá-los até Marte para explorar a atmosfera do planeta vermelho.
DIA-A-DIA PREENCHIDO
Aprender é a maior paixão de André Roque e é ao estudo que dedica grande parte do seu tempo livre. Consulta diariamente dezenas de livros para relacionar conceitos e contrastar teorias das áreas que mais curiosidade lhe despertam.
O que aprende nos livros tenta colocar na prática com pequenas experiências que organiza. Entre os livros e as experiências, o pequeno André consegue ter ainda tempo para actividades lúdicas como a música, a natação e o atletismo. Gosta também de passear, de ver museus e exposições. Quando brinca, prefere os jogos de lógica ao futebol ou aos jogos de PlayStation.