sábado, 7 de agosto de 2021

Recuperar aprendizagens que a pandemia afectou. Há novas formas de ensino que estão a conquistar mais alunos

Há escolas que estão a virar o ensino do avesso para conseguir que os alunos se mantenham por lá e aprendam mais. O Ministério da Educação (ME) apresenta-as como exemplos nos “roteiros” que tem vindo a publicar para servirem de base à aplicação do novo plano de aprendizagens que estará em vigor até 2023, o chamado Plano 21

23 Escola+. Este plano foi apresentado a 1 de Junho e tem como principal alvo recuperar aprendizagens que ficaram para trás nos dois anos lectivos afectados pela pandemia.

O Agrupamento de Escolas n.º 1 de Beja, marcado por carências várias e com um registo histórico de abandono escolar, foi um dos seleccionados pelo ME no âmbito de uma das apostas do novo plano, que o ministério designou como “Avançar, recuperando” e que tem como desafio conseguir que todos os estudantes do ensino básico com classificações inferiores a 3 (numa escala de 0 a 5) “possa, no ano seguinte, recuperar essas aprendizagens”.

Uma das medidas para alcançar esta meta são os chamados “planos de reforço curricular” que podem passar por os alunos frequentarem aulas do ano de escolaridade anterior nas disciplinas em que tiveram nota negativa ou pela criação de oficinas que “que integrem aprendizagens essenciais transdisciplinares não adquiridas”. Esta foi a opção escolhida pelo agrupamento de Beja no plano de inovação lançado no ano lectivo passado em dois dos dez estabelecimentos escolares (escolas de Santa Maria e Santiago Maior) que o compõem, abrangendo alunos do 1.º e 2.º ciclo.

Diagnóstico feito pelo agrupamento: estes alunos são “provenientes de meios socioeconómicos desfavorecidos”, oriundos de famílias que, “de um modo geral, têm níveis de escolarização baixo e não valorizam o papel nem a função da escola” e que se caracterizam “por ter baixo rendimento escolar, elevado nível de absentismo e de abandono precoce do sistema de ensino. Muitos são de etnia cigana. (...)

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