quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Criança invisual tem de fazer 120 quilómetros diários para ter aulas em braille

Diogo Santos, tem seis anos de idade, vive em Mirandela, sofre de amaurose congénita de Leber, uma doença degenerativa caraterizada pela perda grave de visão desde o nascimento. Para já, ainda vislumbra sombras e vultos, mas vai deixar de ver totalmente.
Até aos cinco anos, frequentou um infantário da cidade. Há cerca de um mês passou a ser obrigado a fazer 120 quilómetros diários para ir às aulas do ensino especial em Vila Real.
Isto porque, o Ministério da Educação criou uma rede de escolas de referência para a inclusão de alunos cegos e com baixa visão. Na região transmontana, só havia duas opções: o agrupamento de escolas Abade de Baçal, em Bragança, ou o agrupamento de escolas Diogo Cão, em Vila Real. A opção recaiu neste último.
Os pais não escondem o aperto no coração com esta mudança radical. “É triste o nosso filho ter de fazer tantos quilómetros para poder ter direito ao que todas as crianças têm: à educação”, lamenta o pai, Miguel Ângelo.

In: Mensageiro de Bragança por indicação de Livresco

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