Uma família de classe média não devia pagar mais por uma creche do que por um curso superior, critica o Conselho Nacional de Educação (CNE), que alerta para "grandes carências" de oferta do pré-escolar na grande Lisboa e Algarve. A ideia é reiterada por David Justino, presidente do CNE e ex-ministro da Educação, na introdução do relatório Estado da Educação 2013, hoje divulgado.
Para o antigo governante, "merece destaque" que o país já tinha atingido a meta europeia para 2020 de 94% de pré-escolarização, mas o "patamar atingido não pode aliviar o esforço de universalização deste nível de educação, especialmente quando existem zonas com grandes carências, nomeadamente a área metropolitana de Lisboa e o Algarve, onde as taxas de pré-escolarização são mais baixas".
Numa altura em que o país discute a necessidade de incentivar a natalidade, e em que a tendência de queda de população não dá sinais de inversão, David Justino defendeu que "é cada vez mais urgente estruturar uma política integrada para a infância". "Não é compreensível que uma família da classe média pague mais por uma criança na creche ou jardim-de-infância dos sistemas não públicos do que por um jovem a frequentar o ensino superior", criticou.
In: CM por indicação de Livresco
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