O Ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, assumiu na tarde desta quinta-feira que “houve “uma incongruência”, “na harmonização da fórmula” com base na qual foram ordenados milhares de professores sem vínculo, que começaram a ser contratados pelas escolas na segunda-feira passada. “Peço desculpa aos pais, aos professores e ao país”, disse, na Assembleia da República, depois de prometer refazer os cáclulos e proceder às correções necessárias.
Em causa está a fórmula matemática utilizada pelo MEC para criar as várias listas de contratação, nas quais milhares de docentes estão ordenados por ordem decrescente. Nos restantes concursos, a lista está ordenada com base na graduação profissional. Neste concurso em particular, designado por Bolsa de Contratação de Escola (BCE), a legislação determina que a classificação é feita com base na graduação profissional (com a ponderação de 50%) e com a avaliação curricular.
Desde sexta-feira passada que há protestos e desde domingo que a Associação Nacional dos Professores Contratados denuncia que o MEC terá somado 50% da graduação profissional (um valor a começar no zero e sem limite determinado) com 50% da avaliação curricular (determinada numa base de 0 a 100%, presumiram).
Esta segunda-feira, depois de especialistas terem dado razão aos protestos dos professores, Nuno Crato admitiu o erro assumido responsabilidade pela "não compatilização de escalas". A afirmação provocou aplausos nas galerias, onde estavam professores. “Não há erros dos directores, das escolas, há erro dos serviços do MEC”, afirmou Nuno Crato, que assegurou que os alunos "não serão prejudicados” e que, “se houver duplicações na colocação de professores", estas serão analisadas “caso a caso”.
In: Público
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