A iniciativa começou há quatro anos. As bolsas sociais EPIS têm premiado os estabelecimentos de ensino mais empenhados na promoção da inclusão social de jovens em risco de insucesso ou de abandono. Para o ano letivo de 2014/2015 o programa alcançou um recorde de donativos de entidades privadas. Dos mecenas fazem parte bancos, seguradoras, empresas e fundações privadas.
Assim, contam-se 16 bolsas monetárias de 400 euros a ser distribuídas ao longo de três anos. Vão premiar instituições socias com projetos de apoio a jovens carenciados ou em risco de abandono escolar. Mas também escolas do ensino secundário e profissional que se destaquem pelas boas práticas de inclusão. Apesar de estas candidaturas serem apresentadas em nome da instituição ou do estabelecimento de ensino, “as bolsas atribuídas deverão ser canalizadas para os alunos, num processo descentralizado e autónomo, da responsabilidade do diretor da instituição, com supervisão final da EPIS”, lê-se no regulamento da iniciativa.
Numa outra categoria, a EPIS vai atribuir duas bolsas de mérito, também no valor de 800 euros cada e duração de três anos, a alunos que tenham terminado o 12.º ano com sucesso e continuem os seus estudos no ensino superior. Em parceria com a associação Paredes Pela Inclusão Social, uma outra bolsa, de 400 euros e duração de três anos, vai premiar um aluno deste concelho que tenha concluído o 9.º ano com sucesso em 2013/2014 e esteja a frequentar o 10.º ano de escolaridade no presente ano letivo. Na mesma linha, existem ainda duas bolsas de 400 euros para apoiar durante três anos dois alunos de origem africana, que tenham participado no programa da EPIS “Mediadores para o sucesso escolar”.
As candidaturas às bolsas devem ser formalizadas pela instituição, escola ou pelo aluno. Para isso é preciso preencher todos os campos da ficha de candidatura que está nas últimas páginas do regulamento disponível para descarregamento em formato PDF através do site da EPIS [http://www.epis.pt]. Depois é preciso enviar a candidatura por correio postal registado para Associação EPIS, Avenida Visconde Valmor, 66, 6.º, 1050-242 Lisboa.
Mas atenção, no envelope da candidatura não podem constar quaisquer outros documentos, apenas a ficha. Exceto no caso da candidatura ao prémio a atribuir a alunos africanos onde é exigido o comprovativo da respetiva nacionalidade. O envio dever ser feito pelo correio com aviso de receção até à data limite de 12 de setembro de 2014. A mesma data serve como prazo para enviar a nota de confirmação do envio postal para o correio eletrónico bolsasepis2014@epis.pt.
A avaliar as candidaturas estará um júri constituído por membros da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares e representantes da EPIS, de onde se destacam José Manuel Canavarro, presidente do conselho científico da EPIS entre 2006 e 2013, e Diogo Simões Pereira, atual diretor-geral. Durante o processo de avaliação, os membros do júri poderão visitar as escolas ou convocar as suas direções para uma discussão presencial na sede da associação de empresários.
Uma vez decididos os premiados não há possibilidade de recurso. Os critérios que ditam a seleção dos alunos têm em conta o mérito académico, através da média final das notas obtidas após os exames nacionais, e as características socioeconómicas do agregado familiar. Aos candidatos aos prémios atribuídos pelo concelho de Paredes, aos alunos africanos e aos do ensino superior será pedida uma carta de recomendação do diretor da escola ou de turma argumentando sobre o seu potencial académico. A missiva não pode ultrapassar os mil caracteres. Dependendo da bolsa a que se candidatam os alunos, poderão ter de escrever um ensaio sobre quais as suas ambições ou vocações.
Fundada em 2006 por um grupo de empresários e gestores, a EPIS tem como objetivo combater a exclusão social e promover o sucesso escolar. Além da atribuição de bolsas de mérito, a associação é responsável pela realização de vários estudos e inquéritos nacionais na área do ensino. Recentemente, publicou o “Atlas da Educação” que faz um retrato estatístico detalhado do potencial de sucesso e insucesso nas escolas portuguesas.
In: Educare por indicação de Livresco
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