De acordo com uma investigação da Kaspersky Lab, em colaboração com psicólogos da Universidade de Würzburg, um em cada cinco adolescentes dos 12 aos 15 anos já foi vítima de ciberbullying. Segundo um outro estudo realizado pela Kaspersky Lab com a B2B International, as principais preocupações dos pais europeus sobre a vida online dos seus filhos são o acesso a conteúdos inapropriados (72%), o ciberbullying (70%) e o contacto com estranhos (55%).
Também neste estudo, 25% dos pais de vítimas afirmam que os filhos demoraram muito tempo a recuperar e, mais surpreendente ainda, 52% dos pais pensam que se tratou de um incidente sem importância ou consequências.
Embora o ciberbullying não implique violência física, há evidências que sugerem que a intimidação online é ainda mais intensa que o assédio tradicional. A maioria dos utilizadores hoje em dia tem acesso à Internet e a toda a informação humilhante que se armazena online. Em teoria, essa informação pode estar acessível para sempre, para todos.
É mais difícil escapar ao ciberbullying porque as vítimas estão localizáveis através de computadores ou smartphones, em qualquer momento e em qualquer lugar. Os agressores e as vítimas não têm que se enfrentar. Consequentemente, não vêm as expressões faciais, gestos ou comportamento dos agredidos. O poder do ciberagressor cresce ainda mais à distância e, como consequência, preocupa-se menos com os sentimentos e opiniões dos demais.
A questão agrava-se porque dois em cada três crianças consideram o ciberbullying um problema real, mas poucos informam um adulto de confiança de que estão a ser abusados.
«O diálogo é muito importante para as crianças que sofrem de ciberbullying. Devemos recordar-lhes que são vítimas, que não estão sós. É um problema que muitos outros jovens enfrentam. Inclusive existem celebridades que já o sofreram e falaram abertamente das suas experiências», refere Astrid Carolus, da Universidade de Würzburg.
Fonte: PC Guia por indicação de Livresco
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