Luís Capela, inspetor-geral de Educação e Ciência, afirmou nesta sexta-feira, em Coimbra, que “muito brevemente” será aprovado o diploma que, entre outros aspetos, vai alargar a avaliação externa a todos os estabelecimentos de ensino particular e corporativo e integrar naquele processo a observação das práticas dos professores em sala de aula. “Esperamos por este regime jurídico há mais de dois anos. Mas, tanto quanto sei, ele vai ser aprovado a qualquer momento”, especificou.
O inspetor-geral de Educação e Ciência (...) considerou que aquelas medidas constituem “uma mais-valia importantíssima”. “Não faz sentido que para escolherem as escolas dos seus filhos os encarregados de educação tenham de se guiar pelos rankings elaborados pelos órgãos de comunicação social”, comentou, referindo-se ao alargamento da avaliação externa às escolas do ensino particular e cooperativo.
Aquela medida já foi anunciada há dois anos e a intenção de incluir a observação das práticas pedagógicas em sala de aula nas metodologias utilizadas para a avaliação externa das escolas também não é novidade.
Segundo Luís Capela, cerca de 100 dos 190 inspetores da IGEC fizeram, já, ações de formação, que lhes permite iniciar esta prática a qualquer momento. “Não sei se o faremos, na medida em que o ciclo de avaliação está em curso e é necessário manter as condições de comparabilidade entre as escolas e agrupamentos”, ressalvou.
O inspetor-geral considerou que esta última medida não envolverá qualquer polémica. Há dois anos que fazemos observação de aulas, em sala de aula, no âmbito da formação, sem que tenha havido qualquer problema”, disse, frisando que não são os professores que estão a ser avaliados, mas as escolas. O nome do professor não surgirá, sequer, em qualquer relatório, frisou.
Um relatório sobre qualidade no ensino publicado em janeiro pela rede europeia Eurydice indicava que Portugal está entre os três países na Europa onde a avaliação que é feita às escolas não contempla a observação de aulas por parte dos inspetores de educação. Só na Estónia e na Hungria é que isso também não se verifica.
Fonte: Público
1 comentário:
Não o conseguiram no âmbito da avaliação de desempenho tinham que o conseguir através de outro expediente..... uma formação dá-lhes competências e capacidades de supervisão? ....
já agora verifiquem também se os docentes utilizam roupas e linguagem adequada!....
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