75 profissionais de saúde que trabalham com pessoas portadores de deficiências participaram hoje nas V Jornadas da Associação Portuguesa de Deficiência (APD), uma atividade formativa de 12 horas que é validada pela Direção Regional de Educação.
Vários painéis abordaram temáticas relacionadas com o tratamento e acompanhamento das pessoas com necessidades especiais, desde o apoio domiciliário como resposta à dependência à reabilitação na lesão medular, desde a sobredotação à nutrição ou ainda o contributo do Judo no desenvolvimento geral da criança com necessidades especiais. Filipe Rebelo, presidente da delegação da Madeira da APD, estava satisfeito com o balanço e com a adesão dos profissionais de saúde nestas V Jornadas.
Questionado (...), Filipe Rebelo admite que há alguma falta de interesse por parte dos profissionais de saúde para a área da deficiência. “Claramente, porque não é só amputar ou prescrever, nem abandoná-las em lares ou centros de dia”, respondeu.
Lembrou que reabilitar é um processo contínuo. “Temos muitos bons técnicos, mas é preciso criar equipas multidisciplinares nestas áreas”, analisa. “Falta complementar e criar plataformas para que se possa ter pessoas a trabalhar nas suas áreas sem duplicar pedidos mas com o objetivo de chegar ao máximo de pessoas com deficiência”, explicou.
Criticou o facto de muitas vezes a abordagem da deficiência cair na redundância. “Fala-se muito na abolição das barreiras arquitetónicas mas eu tenho mais medo das barreiras psicológicas”, atirou.
Filipe Rebelo aproveitou para lançar um desafio ao próximo governo no sentido de apoiar a criação de equipas multidisciplinares para acompanhar as pessoas portadores de deficiências, mentais ou motora, também “porque não é só construir hospitais”.
Fonte: Dnotícias por indicação de Livresco
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