quinta-feira, 5 de junho de 2014

Portugal vai ter primeira escola de atletismo para pessoas com deficiência



Portugal vai ter em breve a primeira escola de atletismo para pessoas com deficiência, um projeto do atleta paralímpico Jorge Pina, que pretende dar a conhecer a realidade do desporto adaptado e captar novos talentos.

“A escola começará a funcionar em pleno em setembro, no início do ano letivo, mas vamos já começar a ir às escolas apresentar o projeto aos jovens e aos pais”, explicou Jorge Pina, em declarações à agência Lusa.

O atleta, que marcou presença nos Jogos Paralímpicos de Pequim2008 e Londres2012, referiu que o grande objetivo da escola é “dar oportunidade aos jovens com qualquer tipo de deficiência de experimentarem as várias disciplinas do atletismo e de as começarem a praticar”.

Jorge Pina considerou que este projeto é “também uma forma de rejuvenescer o desporto adaptado” e admitiu que “gostaria de abrir o leque a outras modalidades”.

O atleta, que cegou aos 28 anos numa altura em que praticava pugilismo, explicou que a escola servirá também para ajudar a formar futuros professores.

“Além de ser uma escola para pessoas com deficiência também será uma escola para futuros professores, pois temos protocolos com faculdades, para que os futuros professores tenham oportunidade de trabalhar diretamente para o terreno trabalhar com pessoas com deficiência”, disse.

Numa primeira fase a escola vai ter cerca de 70 alunos “referenciados pela Direção Regional de Educação de Lisboa (DREL)”, disse Jorge Pina, garantindo que no futuro “o objetivo é chegar a mais instituições, nomeadamente a centros de reabilitação”.

A escola de atletismo vai funcionar em três polos localizados em Lisboa – Estádio Universitário, INATEL e Pista de Atletismo Municipal Professor Moniz Pereira –, mas Jorge Pina espera “crescer e formar treinadores e técnicos noutras zonas”.

A criação da escola, uma aspiração antiga da Associação Jorge Pina, foi possível devido à parceria com a marca Rexona, que através de uma iniciativa realizada em vários ginásios colocou os portugueses a correrem.

Por cada quilómetro percorrido, nos locais aderentes, a marca doou um euro, tendo em cerca de 15 dias sido conseguidos os 50.000 euros necessários para o arranque.

“Muitos portugueses deram quilómetros para que tudo se tornasse realidade”, afirmou Jorge Pina, lembrando que a escola tem parcerias com o Instituto do Português do Desporto e Juventude e com o Instituto da Nacional para a Reabilitação.

In: Diário Digital por indicação de Livresco

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