Portugal é um dos países desenvolvidos onde esta tarefa rouba mais tempo aos professores. Na prática, apenas três quartos do tempo das aulas é usado a ensinar os alunos.
O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) conclui que os professores portugueses gastam 8,2% do tempo das aulas em tarefas administrativas. Ligeiramente acima da média internacional (8%), numa diferença que aumenta, claramente, quando olhamos para os minutos perdidos a garantir a disciplina na sala.
Na prática, 15,7% do tempo das aulas é usado nessa tarefa, o quinto valor mais alto entre os mais de 30 países que responderam ao inquérito.
Pior do que Portugal só o Brasil (19,8%), Singapura (17,7%), Malásia (17,5%) e Holanda (16%). A Bulgária, Roménia e Polónia são os países onde os professores perdem menos tempo com esta tarefa (menos de 9% do tempo das aulas).
Fazendo as contas e juntando as tarefas administrativas também desempenhadas pelos docentes portugueses, apenas 3 em cada 4 minutos das aulas (75,8%) são usados a ensinar, de facto, as crianças ou adolescentes.
A OCDE conclui ainda que, em média, os professores portugueses passam 21 horas por semana a ensinar, 9 horas a planear e preparar as lições e 10 horas a marcar e corrigir os trabalhos dos alunos.
Números sempre superiores aos valores médios que se encontraram nos países desenvolvidos que foram avaliados neste inquérito.
In: TSF por indicação de Livresco
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