No mesmo dia em que ficámos a saber que as negativas voltam a dominar as notas da 2.ª fase dos exames do secundário, foram divulgados os resultados da famigerada a PACC, a Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades imposta aos professores, apesar dos muitos protestos que entre eles gerou. Foram aprovados 85,6% e reprovados 14,4%. O ministério, adorador de números, exultou. “Os resultados agora conhecidos permitem verificar a importância de uma avaliação como esta”, disse Nuno Crato, elogiando “o domínio de capacidades básicas, tais como o raciocínio lógico e a capacidade de comunicação em língua portuguesa”. Mas isso é, por si, garantia de bons professores? O que se prova com esta prova, afinal? Que estamos, enfim, a seleccionar como deve ser? Ou que estamos a perder tempo sem conseguir distinguir um bom professor (coisa que exige trabalho nas escolas, e sério) de um satisfatório preenchedor de formulários?
Direção Editorial
In: Público
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