O Ministério da Educação abriu este ano um processo de vinculação extraordinária de educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário. A este concurso de vinculação extraordinária tinham concorrido 26.573 docentes, mas só 1954 conseguiram lugares. O ministério de Nuno Crato diz que o objetivo desta vinculação extraordinária foi o de colmatar “as necessidades reais e permanentes do sistema de ensino”.
Ontem ficou a saber-se que os 1954 professores que conseguiram entrar no quadro têm, em média, 14 anos de serviço a contrato. Sendo que há casos de docentes que já estão há 30 anos (três quartos da sua carreira contributiva) a dar aulas sem um vínculo estável à função pública. Isto é caso para perguntar: quem deu aulas durante três décadas, ou mesmo 14 anos, o que esteve a fazer senão a colmatar uma necessidade permanente?
Direção Editorial do jornal Público
In: Público
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