O Ministério da Educação garantiu, nesta quinta-feira, que a partir da próxima semana será enviada às escolas “informação detalhada sobre os conteúdos e actividades a difundir” na nova Telescola, que se passará a chamar #EstudoEmCasa.
Esta informação consta do resumo enviado pelo ME a propósito das medidas aprovadas pelo Governo para garantir o 3.º período. E corresponde a um apelo que foi lançado já nesta quinta-feira tanto por directores, como por sindicatos de professores.
As emissões do #EstudoEmCasa, que arrancarão a 20 de Abril, destinam-se a alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade e serão transmitidas pela RTP Memória, um canal que está disponível nos serviços de cabo e satélite, mas também na Televisão Digital Terreste, uma tecnologia gratuita e que chega à esmagadora maioria dos lares.
Segundo o primeiro-ministro, a “emissão televisiva de conteúdos pedagógicos” vai “complementar” o trabalho que os professores farão à distância com os seus alunos. As emissões serão feitas por blocos, divididos por anos de escolaridades, ao longo de todo o dia, começando pelos alunos mais jovens e terminando ao final da tarde com os conteúdos para os alunos do 9.º ano.
Em declarações à Lusa, o director da RTP Memória Gonçalo Madail revelou que “o desenho criativo do canal #EstudoEmCasa, tal como o grafismo e a identidade televisiva foi desenhada pela equipa da RTP Memória e do Centro de Inovação”. Madail adiantou que, do lado da RTP, têm estado envolvidas neste projecto “pelo menos 50 pessoas com funções várias”, disse.
Este projecto foi montado em “duas semanas e meia” e teve na base o que viria a ser confirmado nesta quinta-feira por António Costa: este ano lectivo os alunos do ensino básico não voltarão às escolas. O mesmo vai acontecer com os alunos do 10.º ano, que só terão ensino à distância, embora não com o apoio da televisão, porque o número de disciplinas abarcado é demasiado extenso para o permitir.
Chumbos não foram eliminados
Como devido à pandemia da covid-19, não é possível garantir condições de segurança para um regresso em massa às escolas, os alunos do 1.º ao 9.º ano de escolaridade vão continuar a ter aulas à distância, prolongando a experiência que já tiveram nas duas semanas anteriores ao início das férias da Páscoa. Todos eles serão avaliados no final do ano lectivo, sendo-lhes atribuída uma classificação que deve ter em conta as circunstâncias específicas de realização do 3.º período”, especifica o ME.
“Mesmo à distância, a avaliação vai existir e os docentes vão ter em conta o conjunto do percurso educativo dos alunos”, garantiu António Costa. E podem continuar a chumbar.
Para esta classificação só contarão as notadas dadas pelos professores, uma vez que os exames nacionais do 9.º ano, que contava 30% para a nota final, estão cancelados. Bem como as provas de aferição do 2.º e 5.º ano que estavam marcadas para Maio e que não têm impacto nas notas dos alunos. (...)
Fonte: Público por indicação de Livresco
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