O Ministério da Educação enviou esta quarta-feira orientações sobre educação inclusiva às escolas. Na prática, são um conjunto de regras que as equipas multidisciplinares de apoio à educação inclusiva (EMAEI) devem levar em conta para garantir que os alunos que têm necessidades especiais de aprendizagem continuam a ser acompanhados.
As orientações da tutela passam por manter o apoio das equipas multidisciplinares aos professores e às famílias, garantir que as medidas de suporte à aprendizagem se mantém para todos os alunos que delas precisam e que as EMAEI estão articuladas com os serviços existentes na comunidade.
Procurando ultrapassar as contingências com que as EMAEI se confrontam, o presente documento pretende ser um instrumento orientador de apoio à atuação das EMAEI na modalidade de ensino a distância (E@D). Foi elaborado em torno de quatro eixos de ação que se consideram prioritários no contexto atual, não obstante a importância de outras atribuições da EMAEI”, lê-se na nota enviada às redações.
O comunicado do gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues refere ainda que todo o trabalho desenvolvido deve estar articulado com as decisões tomadas pelo agrupamento no que respeita aos canais de comunicação com os alunos e famílias.
Aconselhamento a professores e pais
Em concreto, as equipas multidisciplinares devem “prestar aconselhamento aos docentes dos alunos com medidas seletivas e adicionais”, ajudando-as a encontrar estratégias e materiais passíveis de utilização na modalidade de ensino à distância. Da mesma forma, a tutela sublinha ser importante planificar para estes alunos trabalho individualizado e diferenciado e isso deverá ser feito pelos professores com a ajuda das EMAEI.
Já para as famílias, as equipas multidisciplinares devem definir um plano de acompanhamento próximo e sistemático que assegure a comunicação e que tenha em conta “as expectativas dos próprios alunos e das famílias”. As EMAEI devem ainda “apoiar as famílias sempre que se verificarem situações em que a gestão das emoções, decorrentes da situação de isolamento social, esteja a criar barreiras ao processo de aprendizagem e ao bem-estar do aluno”.
A tutela também sugere que sejam mobilizados serviços de psicologia sempre que necessário e defende que devem ser incentivados e apoiados a criação de grupos de apoio entre pais, “sempre que exista vontade por parte dos mesmos”. (...)
Fonte: Observador
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