O envio para requalificação de 121 técnicos de educação especializados vai deixar sem apoios mais de 500 menores com necessidades educativas especiais, dos zero aos seis anos de idade, a partir de 29 de dezembro.
O alerta foi lançado esta terça-feira pela Federação Distrital do Porto do PS, liderada por José Luís Carneiro, após um levantamento das consequências da "requalificação, que não é mais do que despedimento", de 121 técnicos da área da educação na Segurança Social no distrito do Porto.
De acordo com António Leite, ex-diretor da extinta DREN, professor do Agrupamento Alexandre Herculano e membro do secretariado do PS/Porto, a medida do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social vai "afetar crianças portadoras de deficiências cognitivas e que necessitam de acompanhamento educativo especial".
Ao todo foram atingidas sete equipas multidisciplinares, três no Porto e quatro em concelhos do Grande Porto, que ficarão com um quadro reduzido de terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais, técnicos de serviço social e de educadores de infância, que até agora desempenhavam funções na Equipas Locais de Intervenção Precoce (ELI) em creches e jardins-de-infância.
"Em Valongo, a equipa de 11 técnicos especializados está reduzida a sete, em Santo Tirso, na Escola Tomás Pelayo, foram cortados seis trabalhadores em 11 e em Ermesinde, na Escola de São Lourenço, foram mandados para pseudorrequalificação nove em 13 terapeutas", afirma António Leite.
Em comunicado, a distrital do PS do Porto sustenta que o Governo ataca "despudoradamente os mais frágeis, abandonando à sua sorte mais de 500 crianças". "O Governo toma medidas que deveriam fazer corar de vergonha qualquer responsável pela governação de um país democrático", conclui a estrutura socialista.
Fonte: Expresso por indicação de Livresco
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