O atleta paralímpico Mário Trindade, que se desloca em cadeira de rodas, vai ser homenageado na quarta-feira, em Vila Real, durante o Encontro Nacional de Igualdade (ENI) que pretende ajudar a "abolir preconceitos", anunciou a academia transmontana.
O evento está integrado no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que se assinala a 03 de dezembro, e é promovido pelos alunos do 2.º ano de Reabilitação Psicomotora, da área de Ciências do Desporto, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O objetivo do ENI é, segundo a organização, "consciencializar a população da importância da integração das pessoas portadoras de deficiência na sociedade" e mostrar que "não há nada mais deficiente que o preconceito e nada mais eficiente que o amor e a aceitação".
Mário Trindade usa o desporto para lutar contra a deficiência e o preconceito. O atleta de 39 anos, natural de Vila Real, desloca-se de cadeira de rodas por causa de uma operação mal sucedida à coluna aos 18 anos.
"Os deficientes são pessoas normais que têm que fazer o dobro do trabalho para conseguir singrar na sociedade", afirmou(...).
A paixão pelo desporto surgiu quando era bem novo, tendo participado em várias provas de atletismo a partir dos 11 anos, e só parou durante algum tempo até descobrir que, também em cadeira de rodas, podia competir.
Desde então já ultrapassou um recorde do Guinness de mais quilómetros corridos em cadeira de rodas e conquistou medalhas a nível internacional como a mais recente, de bronze, no Campeonato da Europa de Atletismo.
É precisamente pelos seus "méritos desportivos" que o atleta paralímpico vai ser homenageado na quarta-feira. Esta homenagem estende-se aos treinadores Eduarda Coelho e Jorge Campaniço, também docentes na UTAD.
"Para mim é um orgulho ser homenageado na minha terra. É sinónimo que reconhecem o seu trabalho", sublinhou.
Mário Trindade disse que é também importante que este reconhecimento seja feito no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência porque "serve de alerta" e ajuda a "desmistificar mentalidades, num dia em que as pessoas estão mais sensibilizadas para a problemática.
Neste momento, Mário Trindade está já a treinar para o Campeonato do Mundo que decorre em outubro, no Qatar.
Só que, segundo o atleta, o trabalho não é fácil e não existem os apoios necessários.
"Falamos sobre a medalha de bronze que ganhei nos 100 metros mas esquecemos a medalha de ouro que eu perdi nos 400 metros. Ganhei a prova mas fui desclassificado porque saí da pista. É impensável um atleta neste nível ir para um Campeonato da Europa com três competições de preparação", frisou.
O atleta diz que recebe um apoio estatal de oito mil e 350 euros, uma verba que considera "insuficiente".
Só ir ao Qatar pode custar cinco mil euros e a restante verba não chega sequer para ir à Suíça, participar numa competição que tem já programada para maio.
"De maio a outubro que preparação é que eu vou fazer? Quase nenhuma, a não ser que me apareça um patrocinar ou se repense urgentemente esta questão dos apoios", afirmou.
No ENI vão marcar presença representantes da Associação Portuguesa de Psicomotricidade, o Comité Paralímpico Português, a Federação Portuguesa de Desportos para as Pessoas com Deficiência e da Associação Nacional de Atletismo em Cadeiras de Rodas.
Depois, à tarde, no Pavilhão Municipal de Vila Real, o evento abre-se à comunidade para a prática desportiva, por pessoas com e sem deficiência.
O evento está integrado no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que se assinala a 03 de dezembro, e é promovido pelos alunos do 2.º ano de Reabilitação Psicomotora, da área de Ciências do Desporto, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
O objetivo do ENI é, segundo a organização, "consciencializar a população da importância da integração das pessoas portadoras de deficiência na sociedade" e mostrar que "não há nada mais deficiente que o preconceito e nada mais eficiente que o amor e a aceitação".
Mário Trindade usa o desporto para lutar contra a deficiência e o preconceito. O atleta de 39 anos, natural de Vila Real, desloca-se de cadeira de rodas por causa de uma operação mal sucedida à coluna aos 18 anos.
"Os deficientes são pessoas normais que têm que fazer o dobro do trabalho para conseguir singrar na sociedade", afirmou(...).
A paixão pelo desporto surgiu quando era bem novo, tendo participado em várias provas de atletismo a partir dos 11 anos, e só parou durante algum tempo até descobrir que, também em cadeira de rodas, podia competir.
Desde então já ultrapassou um recorde do Guinness de mais quilómetros corridos em cadeira de rodas e conquistou medalhas a nível internacional como a mais recente, de bronze, no Campeonato da Europa de Atletismo.
É precisamente pelos seus "méritos desportivos" que o atleta paralímpico vai ser homenageado na quarta-feira. Esta homenagem estende-se aos treinadores Eduarda Coelho e Jorge Campaniço, também docentes na UTAD.
"Para mim é um orgulho ser homenageado na minha terra. É sinónimo que reconhecem o seu trabalho", sublinhou.
Mário Trindade disse que é também importante que este reconhecimento seja feito no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência porque "serve de alerta" e ajuda a "desmistificar mentalidades, num dia em que as pessoas estão mais sensibilizadas para a problemática.
Neste momento, Mário Trindade está já a treinar para o Campeonato do Mundo que decorre em outubro, no Qatar.
Só que, segundo o atleta, o trabalho não é fácil e não existem os apoios necessários.
"Falamos sobre a medalha de bronze que ganhei nos 100 metros mas esquecemos a medalha de ouro que eu perdi nos 400 metros. Ganhei a prova mas fui desclassificado porque saí da pista. É impensável um atleta neste nível ir para um Campeonato da Europa com três competições de preparação", frisou.
O atleta diz que recebe um apoio estatal de oito mil e 350 euros, uma verba que considera "insuficiente".
Só ir ao Qatar pode custar cinco mil euros e a restante verba não chega sequer para ir à Suíça, participar numa competição que tem já programada para maio.
"De maio a outubro que preparação é que eu vou fazer? Quase nenhuma, a não ser que me apareça um patrocinar ou se repense urgentemente esta questão dos apoios", afirmou.
No ENI vão marcar presença representantes da Associação Portuguesa de Psicomotricidade, o Comité Paralímpico Português, a Federação Portuguesa de Desportos para as Pessoas com Deficiência e da Associação Nacional de Atletismo em Cadeiras de Rodas.
Depois, à tarde, no Pavilhão Municipal de Vila Real, o evento abre-se à comunidade para a prática desportiva, por pessoas com e sem deficiência.
Fonte: Porto Canal por indicação de Livresco
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