Não há opiniões unânimes entre quem diz que houve "ganhos de eficiência", como David Justino, e quem acha que "com a atual sangria de meios e recursos, tudo andará para trás", como Santana Castilho. Uma coisa é certa: desde 2011, a educação foi o braço do Estado Social que mais encolheu. Esta é a radiografia da sua mutação.
Um setor a readaptar-se, em retrocesso, em perigo de degradação, já a degradar-se, a tornar-se racional ou com ganhos de eficiência. As visões variam, mas uma coisa é certa: três anos depois da assinatura do memorando de entendimento com a troika, nada está igual na Educação, em Portugal.
Esta área foi o braço do Estado Social mais afetado pelos cortes orçamentais dos últimos anos. O memorando impunha uma poupança de 195 milhões de euros em 2012 e 175 milhões de euros em 2013, "através da racionalização da rede, criando agrupamentos escolares, diminuindo a necessidade de contratação de recursos humanos, centralizando os aprovisionamentos e reduzindo as transferências para as escolas privadas com contrato de associação". Contudo, a redução do orçamento disponível para o sector (incluindo o ensino superior), foi bem maior: de 2011 para 2014, encolheu cerca 1200 milhões de euros.
In: DN
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