O Programa de Apoio a Pessoas com Deficiência da GNR, que está agora a completar o primeiro ano de atividade, "sinalizou" em apenas nove meses, entre abril e setembro, 5746 deficientes sem apoio próximo.
Para efeitos estatísticos, a Guarda Nacional Republicana dividiu estas pessoas em vários grupos. As que vivem sozinhas (sem qualquer companhia), as que estão isoladas (distantes de qualquer apoio em caso de necessidade) e ainda as que estão vulneráveis devido a outras situações que podem estar relacionadas com o grau de dependência.
Segundo os dados avançados (...) pela GNR, foram encontrados 3126 deficientes que vivem sozinhos. 317 em situação de isolamento e perto e 481 que para além de isolados vivem também sozinhos.
Foram ainda detetadas 1822 pessoas que a GNR considera que se encontram numa posição de fragilidade de por outras situações.
As pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade são convidadas pela GNR a aderir ao programa Residência Segura. Até agora aderiram a esse programa quase 1500.
Em abril, a GNR tinha sinalizado perto de 400 deficientes vulneráveis. Nos 5 meses seguintes esse número subiu para 5746.
Para Ana Sesudo, presidente da Associação Portuguesa de Deficientes (APD), estes números não são surpreendentes. Recorda que a APD "tem vindo a alertar para estas situações". Está convencida que os números do Programa de Apoio a Pessoas com Deficiência vão continuar a aumentar porque em Portugal "não sabemos sequer qual o número certo de pessoas com deficiência".
Ana Sesudo entende que "há um abandono por parte do Estado que não tem sabido aplicar medidas que ajudem a colmatar estas dificuldades. No interior a situação é ainda mais grave. Basta pensar nos centros de saúde, escolas e repartições públicas que fecharam".
Fonte: TSF por indicação de Livresco
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