Se a racionalização de custos é obrigatória, os cortes na despesa não podem ser cegos a ponto de questionar a qualidade na educação que tanto custou a conquistar. No caso das escolas, funcionários contratados por valores entre os 2,8 e os 3,5 euros/hora (...) são um sinal de que algo está mal no setor da educação e que merece uma reflexão por parte do ministério de Nuno Crato.
Não existe ilegalidade nos preços pagos, pois para o trabalho a tempo parcial não existe mínimo. É o próprio Estado que cria uma tabela salarial horária para cada serviço que contrata. Mesmo assim, e quando se fala da urgência de aumentar o salário mínimo nacional para 500 euros, choca saber que há pessoas que levam para casa ao fim do mês, por quatro horas diárias, entre 224 e 240 euros, segundo dois casos citados (...).
Mas há o outro lado do problema: a falta de formação de parte desses funcionários, com as associações de pais e os sindicatos da área a concordar que a função educativa da escola pode estar comprometida. Graves são algumas situações denunciadas, como pessoas contratadas para serviços de limpeza e que acabam a acompanhar alunos com necessidades educativas especiais.
Parte de um artigo de opinião do DN por indicação de Livresco.
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