Desde o início do ano, mas com especial incidência nestes últimos dias, tem havido várias ações de luta pela suposta denúncia da falta de prestação de apoios especializados aos alunos com necessidades educativas especiais. De facto, estes alunos foram e continuam a ser penalizados por uma política educativa insensível e desgarrada da realidade. Este ano letivo está a ser marcado pela falta de professores de educação em número suficiente para fazer cobro às necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais e pela tão propalada carência de apoios especializados.
Por um lado, os governantes tentam a todo o custo tapar o sol com a peneira, proferindo afirmações lunáticas, completamente desligadas da realidade escolar.
Por outro lado, temos os "representantes" dos interesses dos alunos com necessidades educativas especiais a manifestarem-se ruidosa e ativamente sobre a falta de apoios especializados. Sobre esta situação, já manifestei o meu ponto de vista em O subsídio de educação especial. Desta vez acrescento apenas que, se de facto estes representantes têm como função defender os verdadeiros interesses dos alunos, devem lutar para que os técnicos especializados sejam colocados nas escolas e para que sejam as escolas a proporcionar os apoios aos alunos! Certamente que esta medida traria benefícios para os técnicos colocados mas, acima de tudo, seria mais eficaz para os alunos e mais eficiente para o sistema educativo.
2 comentários:
Aqui na minha escola temos protocolo com um CRI. No início do ano, foi-nos dito que os miúdos que tinham 2 apoios diferentes (ex.: TF e TO) no ano passado, teriam que ter só UM. Ou seja, coube-nos a nós decidir qual dos apoios seria mais importante. Agora, no fim do ano, nota-se o retrocesso nas capacidades dos alunos... Claro!!!
Dedinho
Também temos protocolo com um CRI mas as horas atribuídas são manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades dos alunos. Para conseguirmos corresponder com os apoios a todos os alunos, temos recorrido aos serviços prestados por alguns gabinetes. No entanto, quer a forma de funcionamento do CRI, quer dos gabinetes, designadamente com a imposição à escola/alunos do horário por eles determinado, tem condicionado a gestão dos mesmos apoios. O mais simples, correto, eficaz e menos oneroso para o Estado seria optar pela colocação dos técnicos nas escolas! Por outro lado,como refere, as horas/apoios disponibilizados são insuficientes, implicando algum retrocesso no desenvolvimentos dos alunos.
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