A câmara do “smartphone” é apontada para a bancada de uma cozinha e uma voz feminina robótica vai dizendo: “frigideira”, “café”, “laranja”, “banana”. A aplicação chama-se Blind Tool e o teste pode ser visto no vídeo de demonstração, à esquerda. Desenvolvida por um estudante de doutoramento norte-americano, o objectivo é descrever objectos a pessoas cegas.
A aplicação, da autoria Joseph Paul Cohen, candidato à Universidade de Massachusetts Boston, utiliza a câmara fotográfica do “smartphone” e uma rede neural artificial, processando e identificando a imagem capturada entre as 1.000 categorias disponíveis. É apenas necessário um segundo para que a “app” identifique o objecto, sendo que será sempre o melhor palpite possível.
Gratuita, a Blind Tool só está disponível para “smartphones” com sistema operativo Android e foi desenhada para vibrar com base no quão segura é a descrição. “Quanto utilizares esta ‘app’, tens que ter o telemóvel perto de ti até que o sintas a vibrar cada vez mais, o que significa que te estás a aproximar de um objecto que ela reconhece”, lê-se na descrição da mesma no Google Play.
Uma vez que ainda está em desenvolvimento, a aplicação tem falhas na identificação de objectos. Cohen decidiu colocá-la à disposição na mesma, pois espera que possa fazer a diferença na vida das pessoas cegas.
No início de 2015, uma “start-up” dinamarquesa lançou a Be My Eyes, uma “app” que estabelece uma ponte entre cegos que precisam de ajuda e voluntários com visão que os possam ajudar, através de uma chamada entre “smartphones”.
Fonte: Público
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