Portugal já se tornou no país com a mais baixa taxa de natalidade da União Europeia. Em 2013 registou uma taxa bruta de natalidade de 7,9 crianças por mil habitantes, liderando assim o grupo de países que contrariam a tendência para o crescimento populacional da Europa a 28 que, em Janeiro deste ano, ultrapassava 507 milhões de habitantes.
Ao mesmo tempo que registou 82.787 nados-vivos no ano passado, Portugal somou 106.543 mortes, o que equivale a dizer que perdeu 23.756 habitantes, só por causa do saldo natural negativo. Esta redução agrava-se ainda por via do saldo migratório, também negativo em mais de 36 mil habitantes. Tudo somado, o país perdeu 60 mil habitantes no último ano.
Mas, no somatório dos últimos três anos, o Instituto Nacional de Estatística (INE) calcula que a população residente em Portugal tenha diminuído em cerca de 145 mil pessoas.
O gabinete de estatísticas da União Europeia foi mais longe nas suas primeiras estatísticas demográficas, adiantando que, no conjunto, os 28 estados-membros cresceram para os 507,4 milhões em 2013. Para este resultado conjuga-se um crescimento natural da população em 80 mil pessoas e um saldo migratório de 700 mil habitantes.
Em 2013 nasceram 5,1 milhões de bebés na União Europeia. A taxa bruta de natalidade desceu ligeiramente para os 10,0 nascimentos por mil habitantes (era de 10,4 em 2012). É aqui que Portugal se destaca por apresentar a taxa bruta de natalidade mais baixa (7,9). Apesar da Eurostat não apresentar dados detalhados sobre os 28 países para os anos anteriores, segundo o INE a taxa bruta de natalidade de Portugal em 2012 situava-se nos 8,5 por mil habitantes.
No documento do gabinete de estatíticas da UE relativo a 2013, os mais próximos de Portugal neste indicador são a Alemanha, a Grécia e a Itália (todos com 8.5) e ainda a Roménia (com 8.8). Pelo contrário, a Irlanda destaca-se por ter uma taxa bruta de natalidade de 15 crianças por mil habitantes, a mais alta da União Europeia, seguida da França (12.3) e do Reino Unido (12.2), enquanto aqui ao lado, em Espanha, essa taxa é de 9.1 crianças por mil habitantes.
Consequentemente, nas contas de subtrair entre mortes e nascimentos, a Irlanda, a França e o Reino Unido voltam a destacar-se pelo seu saldo natural positivo (38.9, 238 e 205 mil habitantes, respectivamente), demarcando-se assim dos 13 países em que, como em Portugal, o saldo natural atingiu valores negativos.
In: Público por indicação de Livreso
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