Afinal o tal relatório da OCDE "elogioso" das políticas educativas do Governo não é da OCDE e foi encomendado e pago… pelo Governo. Valeria a pena ter lido o documento antes de dar crédito ao "site" do PS e ao Ministério da Educação. Com efeito, o relatório é uma encomenda do ME e a relação que tem com a OCDE é que "segue de perto a metodologia e abordagem [da] OCDE" (pág. 7).
Por outro lado, "a avaliação teve na base um relatório (…) preparado pelo ME" (pág. 26); a imensa maioria das entidades ouvidas pertence à estrutura hierárquica do ME, sendo que das 7 câmaras envolvidas no estudo, 6 são dirigidas pelo PS e a sétima é Gondomar (págs. 87 e 88); por fim, a documentação em que se baseia é constituída por publicações do ME e "informações e dados produzidos por todos os Serviços Centrais do ME" (pág. 89).
Sem questionar os méritos que o estudo eventualmente tenha nem a idoneidade dos autores (nem a importância da reforma em curso no 1.º Ciclo do Ensino Básico), talvez tudo isto chegasse para, noutro tempo, noutro lugar e com outros intervenientes, justificar um pouco menos de estardalhaço.
Por outro lado, "a avaliação teve na base um relatório (…) preparado pelo ME" (pág. 26); a imensa maioria das entidades ouvidas pertence à estrutura hierárquica do ME, sendo que das 7 câmaras envolvidas no estudo, 6 são dirigidas pelo PS e a sétima é Gondomar (págs. 87 e 88); por fim, a documentação em que se baseia é constituída por publicações do ME e "informações e dados produzidos por todos os Serviços Centrais do ME" (pág. 89).
Sem questionar os méritos que o estudo eventualmente tenha nem a idoneidade dos autores (nem a importância da reforma em curso no 1.º Ciclo do Ensino Básico), talvez tudo isto chegasse para, noutro tempo, noutro lugar e com outros intervenientes, justificar um pouco menos de estardalhaço.
Manuel António Pina
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