Melhores instalações e currículos "de melhor qualidade". Um relatório de peritos internacionais elogia a reforma do primeiro ciclo do Ensino Básico, mas destaca que o dia escolar se tornou "muito longo para as crianças".
Elaborado por uma equipa liderada por Peter Matthews, avaliador que também trabalha para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estudo foi encomendado pelo Ministério da Educação e será hoje apresentado em Lisboa, numa cerimónia apadrinhada pelo primeiro-ministro. Elogioso na maioria dos parâmetros, o relatório acentua a "forma vigorosa" como foram encerradas "pequenas e ineficazes escolas" e a "visão política clara" que ditou as mudanças.
O grupo de peritos reconhece que a oferta da escola a tempo inteiro responde a "uma marcada necessidade social de assegurar a guarda das crianças ao longo do dia", o que é "particularmente importante no apoio às famílias de baixos rendimentos e às famílias monoparentais".
O problema está no reverso da medalha: como na maioria das escolas o enriquecimento curricular se desenvolve em sala de aula e usa métodos dirigidos pelo professor, "o efeito é o de alongar o currículo nuclear através do acréscimo de disciplinas suplementares, tornando o dia escolar muito longo para as crianças". Recomenda-se "experimentação e pensamento inovador" para melhor gestão e articulação de currículos.
Com alguma ironia, o psicólogo Eduardo Sá tem alertado para o problema dizendo que "é a favor de um horário de trabalho para a criança que não vá além das 40 horas semanais". Ouvido pelo JN, elogia a observação feita pelo grupo de peritos e destaca que as actividades de enriquecimento devem ter uma forte componente desportiva e criativa, para "proporcionar um desenvolvimento plural". Caso contrário, a sobrecarga horária apenas resulta em "mais distracção, mais hiperactividade e crianças mais zangadas com a escola".
O alerta não é apenas dirigido a decisores políticos e professores, mas também a pais que inscrevem os filhos em muitas actividades extra-curriculares, tornando-os "jovens tecnocratas de fraldas e de mochila". Brincar é um assunto sério e essencial para o crescimento: "É uma actividade obrigatória todos os dias e não apenas ao fim-de-semana".
Elaborado por uma equipa liderada por Peter Matthews, avaliador que também trabalha para a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o estudo foi encomendado pelo Ministério da Educação e será hoje apresentado em Lisboa, numa cerimónia apadrinhada pelo primeiro-ministro. Elogioso na maioria dos parâmetros, o relatório acentua a "forma vigorosa" como foram encerradas "pequenas e ineficazes escolas" e a "visão política clara" que ditou as mudanças.
O grupo de peritos reconhece que a oferta da escola a tempo inteiro responde a "uma marcada necessidade social de assegurar a guarda das crianças ao longo do dia", o que é "particularmente importante no apoio às famílias de baixos rendimentos e às famílias monoparentais".
O problema está no reverso da medalha: como na maioria das escolas o enriquecimento curricular se desenvolve em sala de aula e usa métodos dirigidos pelo professor, "o efeito é o de alongar o currículo nuclear através do acréscimo de disciplinas suplementares, tornando o dia escolar muito longo para as crianças". Recomenda-se "experimentação e pensamento inovador" para melhor gestão e articulação de currículos.
Com alguma ironia, o psicólogo Eduardo Sá tem alertado para o problema dizendo que "é a favor de um horário de trabalho para a criança que não vá além das 40 horas semanais". Ouvido pelo JN, elogia a observação feita pelo grupo de peritos e destaca que as actividades de enriquecimento devem ter uma forte componente desportiva e criativa, para "proporcionar um desenvolvimento plural". Caso contrário, a sobrecarga horária apenas resulta em "mais distracção, mais hiperactividade e crianças mais zangadas com a escola".
O alerta não é apenas dirigido a decisores políticos e professores, mas também a pais que inscrevem os filhos em muitas actividades extra-curriculares, tornando-os "jovens tecnocratas de fraldas e de mochila". Brincar é um assunto sério e essencial para o crescimento: "É uma actividade obrigatória todos os dias e não apenas ao fim-de-semana".
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