Os professores do ensino básico e secundário foram a classe profissional do Estado que mais efetivos perdeu nos últimos três anos, de acordo com (...) os dados publicados nas Sínteses Estatísticas do Emprego Público (SIEP) relativos a 18 profissões.
O boletim do terceiro trimestre de 2014, que a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) acaba de divulgar, indica que a administração Central, Local e Regional tinha 120 670 educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário no final de setembro, um número que representa uma redução de 30 025 (19,9%) em relação a Dezembro de 2011, o primeiro mês em que há estatísticas publicadas pela DGAEP no âmbito da SIEP.
Confrontado com estes números, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira explica que só um terço desta diminuição se deveu a aposentações. “Dois terços da redução de professores tiveram a ver com a intenção deliberada deste governo, nomeadamente através das alterações curriculares, dos horários, a criação de megagrupamentos e o aumento do número de alunos por turma”, afirma Mário Nogueira, salientando o facto de a redução de professores ter sido “o triplo da redução do número de alunos (6,1%)”.
O sindicalista garante ainda que “o governo não está satisfeito e prepara-se para reduzir ainda mais (entre 10% a 12%) o número de professores, com as transferências de competências para as autarquias”.
Fonte: Jornal I
Sem comentários:
Enviar um comentário