A associação InPulsar, de Leiria, foi contemplada com 15.900 euros pela Fundação Calouste Gulbenkian, para desenvolver, durante um ano, um projeto de dança junto de jovens do Bairro Cova das Faias, em parceria com a Escola de Dança Clara Leão.
O projeto "Daqui prá cá" foi um dos 17 premiados no âmbito do Concurso PARTIS - Práticas Artísticas para a Inclusão Social, da Fundação Calouste Gulbenkian, para a integração social de públicos desfavorecidos ou excluídos.
Trata-se de um programa "específico de inclusão social e cultural", que irá trabalhar com oito crianças do bairro social, explicou uma das fundadoras da associação, Tânia Marques.
O projeto consiste em juntar os jovens do bairro social com outras crianças da Escola de Dança Clara Leão em aulas de dança criativa.
"O objetivo é trabalhar a interculturalidade dos grupos", adiantou Tânia Marques, acrescentando que as voluntárias irão intervir também "ao nível do treino de competências, programa de ajustamento psicológico e desenvolver actividades culturais".
Para a professora e bailarina da Escola de Dança Clara Leão, Anna Wesolek, este programa irá trabalhar os dois lados da inclusão social. "O grupo dos não excluídos irá receber o grupo dos excluídos e vice-versa. Neste ambiente de cultura podem trabalhar juntos e integrarem-se uns aos outros".
Liliana Carvalho, outra das fundadoras da InPulsar, referiu que a candidatura tem um valor total de 26 mil euros. "O restante valor é suportado pelos parceiros e pela associação".
O projeto deverá iniciar-se no próximo mês, com as actividades previstas e em articulação com os parceiros.
A InPulsar já desenvolve no bairro social Cova das Faias o projecto "Gira Ó Bairro", que assenta no "apoio psicossocial das famílias, apoio ao estudo às crianças e treino de competências sociais, pessoais e grupais".
A InPulsar ganhou ainda a candidatura ao Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, que atribuiu 80 mil euros para desenvolver um projecto de rua.
O programa visa a intervenção em pessoas que estão em "risco de vulnerabilidade social", nomeadamente "toxicodependentes, prostitutas, arrumadores ou sem-abrigo".
"O objectivo é a redução de riscos e minimização de danos, através da dispensa de seringas e distribuição de preservativos", disse Lisete Cordeiro, dirigente da Inpulsar.
In: Sol por indicação de Livresco
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