A grande maioria dos alunos portugueses (86 por cento) questionados num inquérito europeu considera que não recebe informação suficiente sobre as oportunidades de trabalho antes de terminar a escola secundária.
"As lacunas de informação são significativas", aponta-se no relatório da consultora McKenzie, apresentado pela Comissão Europeia, com base em dados de oito países: França, Alemanha, Grécia, Itália, Portugal, Espanha, Suécia e Reino Unido.
Intitulado "Educação para o Emprego: Pôr a Juventude Europeia a Trabalhar", o designado relatório McKenzie diz que é seguro concluir que os alunos não são bem informados.
"O estigma social sobre o ensino vocacional também não ajuda", lê-se no relatório.
O resultados mostram que apenas 44 por cento que preferia seguir a via profissional o faz, enquanto 85 por cento acredita que a educação vocacional é mais útil para encontrar emprego.
Os empregadores, por seu lado, notam que enfrentam uma escassez de competências. "Não só a juventude está a estudar as coisas erradas, como não está a receber as competências que precisa no processo".
Três em cada 10 empregadores portugueses afirmam não preencher vagas por não encontrarem candidatos com as habilitações necessárias, uma situação que é particularmente crítica para as pequenas empresas.
Os estudantes "partilham a insatisfação dos empregadores", segundo o estudo, em que se aponta: "menos de metade (47 por cento) acha que a educação pós-secundária melhorou as suas oportunidades de emprego".
Embora este valor seja um pouco melhor do que a média do levantamento, este número ainda é considerado baixo.
Quarenta por cento dos jovens que trabalham estão num emprego provisório que encaram como um compasso até encontrarem uma função mais adequada.
Os dados económicos usados no trabalho assentam numa taxa geral de desemprego que ronda os 16 por cento e de desemprego jovem de 38 por cento.
In: JN
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