A neurologista e especialista em doenças do sono Teresa Paiva alertou que existe "um problema grave" no sono das crianças e jovens portugueses que vai, no futuro, trazer consequências como obesidade, hipertensão, diabetes, insónias ou depressões.
Contactada pela agência Lusa por ocasião do Dia Mundial do Sono, que se assinala na sexta feira, a autora do livro "Os Mistérios do Sono" adiantou que vários estudos em jovens, realizados tanto pela neurologista como por outros especialistas, apontam "para problemas graves".
"Uma criança que não durma bem ou um adolescente que não durma o suficiente tem um risco acrescido de obesidade, hipertensão, diabetes, e tem piores sucessos escolares. Têm um risco acrescido de insónias e de depressão e isso são coisas terríveis para uma criança ou um adolescente", alertou Teresa Paiva.
No entender desta neurologista, e atualmente diretora do Centro de Eletroencefalografia e Neurofisiologia Clínica (CENC), há "imensas coisas que levam a que os miúdos não durmam", nomeadamente os equipamentos informáticos ou de comunicações, "desde os SMS, os mensangers, os ipods, as playstations, os computadores, os programas de televisão".
"Tudo isso leva a que os jovens estejam assoberbados por tecnologias que não existiam antes e isso é certamente um dos fatores dominantes", explicou Teresa Paiva.
Existe também, por outro lado, "um nível de exigência de eficiência nos jovens que é muito grande em termos escolares".
Na opinião de Teresa Paiva, a sobrecarga horária a que as crianças e os adolescentes estão sujeitos também tem muita influência na quantidade e na qualidade das horas dormidas.
"Entram na escola às 8:30 e entram em casa às oito da noite. São doze horas. É uma violência e isso tem influência em imensas coisas, nomeadamente no mau rendimento escolar", defendeu.
"Muitas vezes, verifico que as crianças estão a trabalhar 60 horas [por semana], como um adulto. Como é possível? Não pode ser. Uma criança tem de se divertir", acrescentou.
Para a especialista em medicina do sono, uma das soluções passa por os pais garantirem que os filhos dormem as horas suficientes, ultrapassando o "erro gravíssimo que é acharem que as crianças devem dormir as oito horas de um adulto".
"Uma criança de 10 anos precisa dormir 10 horas, uma criança de seis anos precisa dormir cerca de 11, 12 horas, uma criança de quatro ou cinco anos precisa dormir 12, 13 ou até 14 horas. É muito mais do que as oito horas dos adultos. E os adolescentes precisam de dormir nove horas", revelou.
Teresa Paiva explicou que o "sono é vital" e que é ele que "controla o metabolismo", a psicologia ou a cognição. A falta de horas de sono pode ter como consequência nos jovens o insucesso escolar.
A neurologista defendeu a necessidade de dormir a horas e ter horários e alertou que a falta de horas de sono "vai ter consequências" imediatas e a longo prazo.
"As mães que agora deitam as crianças muito tarde e ficam a brincar com os meninos até à uma da manhã, quando eles forem adolescentes e quiserem deitar-se às seis ou às sete ficam aflitas porque não sabem o que é que hão de fazer deles", alertou.
Teresa Paiva disse ainda que os jovens "vão ter problemas" e que se não se fizer nada em relação às horas de sono, "dentro de uns anos Portugal vai ter um problema de saúde pública gravíssimo" com o uso de medicamentos hipnóticos e anti-depressivos para compensar a falta de sono.
Contactada pela agência Lusa por ocasião do Dia Mundial do Sono, que se assinala na sexta feira, a autora do livro "Os Mistérios do Sono" adiantou que vários estudos em jovens, realizados tanto pela neurologista como por outros especialistas, apontam "para problemas graves".
"Uma criança que não durma bem ou um adolescente que não durma o suficiente tem um risco acrescido de obesidade, hipertensão, diabetes, e tem piores sucessos escolares. Têm um risco acrescido de insónias e de depressão e isso são coisas terríveis para uma criança ou um adolescente", alertou Teresa Paiva.
No entender desta neurologista, e atualmente diretora do Centro de Eletroencefalografia e Neurofisiologia Clínica (CENC), há "imensas coisas que levam a que os miúdos não durmam", nomeadamente os equipamentos informáticos ou de comunicações, "desde os SMS, os mensangers, os ipods, as playstations, os computadores, os programas de televisão".
"Tudo isso leva a que os jovens estejam assoberbados por tecnologias que não existiam antes e isso é certamente um dos fatores dominantes", explicou Teresa Paiva.
Existe também, por outro lado, "um nível de exigência de eficiência nos jovens que é muito grande em termos escolares".
Na opinião de Teresa Paiva, a sobrecarga horária a que as crianças e os adolescentes estão sujeitos também tem muita influência na quantidade e na qualidade das horas dormidas.
"Entram na escola às 8:30 e entram em casa às oito da noite. São doze horas. É uma violência e isso tem influência em imensas coisas, nomeadamente no mau rendimento escolar", defendeu.
"Muitas vezes, verifico que as crianças estão a trabalhar 60 horas [por semana], como um adulto. Como é possível? Não pode ser. Uma criança tem de se divertir", acrescentou.
Para a especialista em medicina do sono, uma das soluções passa por os pais garantirem que os filhos dormem as horas suficientes, ultrapassando o "erro gravíssimo que é acharem que as crianças devem dormir as oito horas de um adulto".
"Uma criança de 10 anos precisa dormir 10 horas, uma criança de seis anos precisa dormir cerca de 11, 12 horas, uma criança de quatro ou cinco anos precisa dormir 12, 13 ou até 14 horas. É muito mais do que as oito horas dos adultos. E os adolescentes precisam de dormir nove horas", revelou.
Teresa Paiva explicou que o "sono é vital" e que é ele que "controla o metabolismo", a psicologia ou a cognição. A falta de horas de sono pode ter como consequência nos jovens o insucesso escolar.
A neurologista defendeu a necessidade de dormir a horas e ter horários e alertou que a falta de horas de sono "vai ter consequências" imediatas e a longo prazo.
"As mães que agora deitam as crianças muito tarde e ficam a brincar com os meninos até à uma da manhã, quando eles forem adolescentes e quiserem deitar-se às seis ou às sete ficam aflitas porque não sabem o que é que hão de fazer deles", alertou.
Teresa Paiva disse ainda que os jovens "vão ter problemas" e que se não se fizer nada em relação às horas de sono, "dentro de uns anos Portugal vai ter um problema de saúde pública gravíssimo" com o uso de medicamentos hipnóticos e anti-depressivos para compensar a falta de sono.
(Texto escrito ao abrigo do acordo ortográfico.)
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