Associação Nacional de Professores e Confederação Nacional das Associações de Pais contestam isolamento de 17 alunos de etnia cigana. DREN destaca a preocupação do agrupamento na inclusão e respeito da diversidade cultura.
"Separar os alunos ciganos dos restantes não está previsto no sistema educativo e é injustificável, há uma atitude discriminatória e de segregação e falta saber os reais motivos que estão por trás", reagiu ao JN o líder da ANP. João Grancho sustentou que poderiam ter sido encontradas outras soluções não excludentes.
Após vários dias em silêncio, a presidente do agrupamento escolar declarou ontem, à Lusa, que este projecto de educação especial foi pensado para integrar as crianças no sistema de ensino, pois não frequentavam a escola, logo recorreu-se a uma equipa de docentes para os acompanhar. "Não é por recorrer a um contentor que há racismo ou discriminação", afirmou Conceição Lamela. Na vizinha EB1 de Terreiro também há crianças num contentor, devido a obras. "É um absurdo chamar 'racista' a um projecto de inclusão social", realçou. O projecto será, portanto, "para manter". A DREN também reitera as preocupações com a especificidade do grupo.
Porém, João Grancho garante que "a opção tomada é de difícil aceitação e compreensão, a menos que pedagogicamente os miúdos estejam no mesmo nível de conhecimento, frequência e escolaridade e, por outro lado, por parte dos pais e estudantes haja assumpção da responsabilidade e anuência, o que não parece estar a suceder", vincou Grancho.
O dirigente da CONFAP, Albino Almeida, concordou que o modelo aplicado em Barqueiros "é desajustado e ao arrepio do que vem sendo norma", nomeadamente por via de parcerias com instituições que trabalham grupos multiculturais, como o Instituto de Apoio à Criança, presidido por Manuela Ramalho Eanes. "Os ciganos não podem ficar à parte, a escola tem que ser a primeira a promover a socialização", acentuou Albino Almeida.
Notou ainda que a comunidade barcelense "precisa de saber" qual foi a estratégia pedagógica, escolar e social na situação em questão e qual é o plano curricular de turma. Face às circunstâncias, o secretário da Junta de Freguesia local, António Cardoso, ia pedir ontem reunião de urgência com a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). O Gabinete de Apoio às Escolas esteve também no terreno.
"Separar os alunos ciganos dos restantes não está previsto no sistema educativo e é injustificável, há uma atitude discriminatória e de segregação e falta saber os reais motivos que estão por trás", reagiu ao JN o líder da ANP. João Grancho sustentou que poderiam ter sido encontradas outras soluções não excludentes.
Após vários dias em silêncio, a presidente do agrupamento escolar declarou ontem, à Lusa, que este projecto de educação especial foi pensado para integrar as crianças no sistema de ensino, pois não frequentavam a escola, logo recorreu-se a uma equipa de docentes para os acompanhar. "Não é por recorrer a um contentor que há racismo ou discriminação", afirmou Conceição Lamela. Na vizinha EB1 de Terreiro também há crianças num contentor, devido a obras. "É um absurdo chamar 'racista' a um projecto de inclusão social", realçou. O projecto será, portanto, "para manter". A DREN também reitera as preocupações com a especificidade do grupo.
Porém, João Grancho garante que "a opção tomada é de difícil aceitação e compreensão, a menos que pedagogicamente os miúdos estejam no mesmo nível de conhecimento, frequência e escolaridade e, por outro lado, por parte dos pais e estudantes haja assumpção da responsabilidade e anuência, o que não parece estar a suceder", vincou Grancho.
O dirigente da CONFAP, Albino Almeida, concordou que o modelo aplicado em Barqueiros "é desajustado e ao arrepio do que vem sendo norma", nomeadamente por via de parcerias com instituições que trabalham grupos multiculturais, como o Instituto de Apoio à Criança, presidido por Manuela Ramalho Eanes. "Os ciganos não podem ficar à parte, a escola tem que ser a primeira a promover a socialização", acentuou Albino Almeida.
Notou ainda que a comunidade barcelense "precisa de saber" qual foi a estratégia pedagógica, escolar e social na situação em questão e qual é o plano curricular de turma. Face às circunstâncias, o secretário da Junta de Freguesia local, António Cardoso, ia pedir ontem reunião de urgência com a Direcção Regional de Educação do Norte (DREN). O Gabinete de Apoio às Escolas esteve também no terreno.
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